DESAFIOS VIVENCIADOS PELO ENFERMEIRO OBSTETRA NO CUIDAR MULHERES COM MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA: ESTUDO FENOMENOLÓGICO

Introdução/Enquadramento: Algumas mulheres migrantes residentes em Portugal, que foram alvo de mutilação genital feminina, transmitem esse legado às suas filhas, por questões culturais. Neste contexto, é premente que o enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica (doravante de...

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Veröffentlicht in:New trends in qualitative research 2024-09, Vol.20 (3), p.e1082
1. Verfasser: Coutinho, Emilia
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Beschreibung
Zusammenfassung:Introdução/Enquadramento: Algumas mulheres migrantes residentes em Portugal, que foram alvo de mutilação genital feminina, transmitem esse legado às suas filhas, por questões culturais. Neste contexto, é premente que o enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica (doravante designado enfermeiro obstetra) contribua para erradicar esta prática tradicional nefasta, e proteger as meninas das gerações vindouras.; Questão de investigação/Objetivos: : A questão de investigação norteadora é “Que vivências tem o enfermeiro obstetra, no cuidar mulheres, com mutilação genital feminina?” e o objetivo é “Compreender as vivencias, do Enfermeiro Obstetra, face aos desafios que se lhe colocam ao cuidar mulheres com Mutilação Genital Feminina”; Metodologia: Estudo qualitativo fenomenológico hermenêutico, apoiado nos pressupostos de Max van Manen, que defendem a importância que recai no entendimento e interpretação das experiências humanas para a prática de enfermagem. Para a recolha de dados foi utilizado um guião de entrevista fenomenológica e entrevistados 12 participantes que corresponderam aos seguintes critérios de inclusão: ser Enfermeiro Obstetra que preste, ou tenha prestado, cuidados preventivos e realizado notificação ou referenciação de casos de MGF; Resultados: Destacam-se duas categorias: “Constrangimentos vivenciados pelo Enfermeiro Obstetra no cuidado a mulheres submetidas à mutilação genital” e “Propostas a implementar pelo Enfermeiro Obstetra para a prevenção, notificação e intervenção para a erradicar a mutilação genital feminina”; Considerações Finais: As conclusões revelam que as práticas preventivas, de notificação e intervenção ainda estão aquém do que seria desejável. Urge investir e intensificar a formação dos profissionais de saúde em mutilação genital feminina tornando-os mais despertos e conhecedores sobre esta prática. A capacitação destes profissionais vai permiti-los empoderar as populações rumo à mudança de mentalidades, incluído as comunidades, onde a MGF é prevalente, tendo em vista a erradicação da mesma.
ISSN:2184-7770
2184-7770
DOI:10.36367/ntqr.20.3.2024.e1082