Ecologia da comunidade arbórea de Cerrado stricto sensu às margens de rodovias

A construção de rodovias representa uma das principais ameaças à biodiversidade do Cerrado. A partir de análises fitossociológicas nas faixas non aedificandi (sem edificação), avaliou-se o estado de conservação da vegetação de cerrado localizadas nas margens de rodovias. O estudo foi realizado em qu...

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Veröffentlicht in:Ciência florestal 2023-06, Vol.33 (2)
Hauptverfasser: Rios, Jovan Martins, Santos, Lilian Cristina da Silva, Costa, João Paulo, Pereira, Ismael Martins, Gusson, André Eduardo, Do Vale, Vagner Santiago
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:A construção de rodovias representa uma das principais ameaças à biodiversidade do Cerrado. A partir de análises fitossociológicas nas faixas non aedificandi (sem edificação), avaliou-se o estado de conservação da vegetação de cerrado localizadas nas margens de rodovias. O estudo foi realizado em quatro regiões do Cerrado brasileiro: noroeste (NO-GO), sul (S-GO) e sudeste de Goiás (SE-GO), e no Triângulo Mineiro e Alto do Paranaíba em Minas Gerais (TRI). Foram inventariados todos os indivíduos arbóreos com C30cm (circunferência mensurada a 30 cm de altura do solo) > 15 cm presentes em 100 parcelas (50 m x 10 m) dispostas de maneira independente. O levantamento amostrou 1663 indivíduos distribuídos em 163 espécies e 44 famílias. A densidade para as regiões foi de 504,44, 395, 307,69 e 151,03 ha-1. A maior similaridade, com base nos índices de Jaccard e Morisita-Horn, ocorreu entre as áreas TRI e SE-GO (0,340 e 0,550), enquanto o menor valor entre as áreas a noroeste (NO-GO) e sul (S-GO) de Goiás (0,086 e 0,159). Das espécies encontradas nas margens de rodovias, 76,3% foram encontradas também em áreas conservadas. As faixas vegetadas nas margens das rodovias formam pequenos habitats capazes de sustentar uma diversidade semelhante à encontrada em áreas naturais, no entanto, esses ambientes sofrem com perturbações antrópicas, favorecendo a ocorrência de espécies incomuns daquela comunidade nativa.
ISSN:0103-9954
1980-5098
1980-5098
DOI:10.5902/1980509862683