Precisão do diagnóstico clínico da síndrome do desconforto respiratório agudo quando comparado a achados de necropsia

OBJETIVO: Comparar a definição de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) estabelecida pela American-European Consensus Conference (AECC, Conferência Americano-Européia) com achados de necropsia. MÉTODOS: Avaliaram-se todos os pacientes que morreram na unidade de terapia intensiva do Hospi...

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Veröffentlicht in:Jornal brasileiro de pneumologia 2007-08, Vol.33 (4), p.423-428
Hauptverfasser: Pinheiro, Bruno Valle, Muraoka, Fabiana Sayuri, Assis, Raimunda Violante Campos, Lamin, Raul, Pinto, Sérgio Paulo dos Santos, Ribeiro Júnior, Paulo Justiniano, Oliveira, Júlio César Abreu de
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:OBJETIVO: Comparar a definição de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) estabelecida pela American-European Consensus Conference (AECC, Conferência Americano-Européia) com achados de necropsia. MÉTODOS: Avaliaram-se todos os pacientes que morreram na unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora entre 1995 e 2003 e que foram submetidos à necropsia. Seus prontuários foram revisados para estabelecer a presença ou não dos critérios clínicos de SDRA, cujo diagnóstico histológico foi definido pela presença de dano alveolar difuso (DAD). RESULTADOS: No período, 592 pacientes faleceram e 22 foram submetidos à necropsia. Destes, 10 pacientes (45%) preencheram os critérios de SDRA pela AECC e sete (32%) preencheram os critérios histopatológicos de DAD. A sensibilidade da definição clínica foi de 71% (IC95%: 36-92%) e a especificidade foi de 67% (IC95%: 42-85%). Os valores preditivos positivo e negativo foram, respectivamente, 50 e 83%; e as razões de verossimilhança positiva e negativa foram, respectivamente, 2,33 e 0,47. Os achados histopatológicos nos cinco pacientes que preencheram os critérios clínicos de SDRA, mas não apresentavam DAD, foram pneumonia (n = 2), embolia pulmonar (n = 1), tuberculose (n = 1) e criptococose (n = 1). CONCLUSÃO: A precisão dos critérios da AECC para diagnóstico de SDRA não é tão boa. Em função do baixo valor preditivo positivo e da baixa razão de verossimilhança positiva do diagnóstico clínico, outras hipóteses devem ser consideradas quando há suspeita de SDRA.
ISSN:1806-3756
DOI:10.1590/S1806-37132007000400011