Em virtude do muito desejar: a personagem Flora, do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, à luz do desejo mimético

Resumo Em estudo sobre as metáforas machadianas, Dirce Côrtes Riedel (1979) identifica, no capítulo LXXXIII de Esaú e Jacó, a presença de nove grandes paradoxos estruturantes do modo como é narrada a situação vivida por Flora, no decorrer de uma noite de insônia, em que sofre a angústia da cisão int...

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Veröffentlicht in:Alea : estudos neolatinos 2023-01, Vol.25 (1), p.71-86
Hauptverfasser: Quevedo, Rafael Campos, Rodrigues, Emilly Silva
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:Resumo Em estudo sobre as metáforas machadianas, Dirce Côrtes Riedel (1979) identifica, no capítulo LXXXIII de Esaú e Jacó, a presença de nove grandes paradoxos estruturantes do modo como é narrada a situação vivida por Flora, no decorrer de uma noite de insônia, em que sofre a angústia da cisão interna de seu desejo oscilante entre os irmãos Paulo e Pedro. Este trabalho parte da premissa de que a personagem corresponde à personificação do desejo e que o paradoxo funciona, na literatura e na poesia, como um eficiente recurso de figuração desse impulso humano. Pretendemos mostrar de que maneira o dilema da “inexplicável” Flora diz respeito ao próprio modo de ser e à própria dinâmica de funcionamento do desejo. Para alcançarmos esse objetivo utilizaremos a teoria do desejo mimético, tal como a desenvolveu René Girard em seus principais livros, Mentira romântica e verdade romanesca e Coisas ocultas desde a fundação do mundo. Resumen En el estudio de las metáforas machadianas, Dirce Côrtes Riedel (1979) identifica, en el capítulo LXXXIII de Esaú e Jacó, la presencia de nueve grandes paradojas estructurantes del modo como es narrada la situación vivida por Flora, en el transcurso de una noche de insomnio, en la que sufre la angustia de la escisión interna de su deseo oscilante entre los hermanos Paulo y Pedro. Este trabajo parte de la premisa de que el personaje corresponde a la personificación del deseo y que la paradoja funciona, en la literatura y la poesía, como un eficiente recurso de figuración de este impulso humano. Pretendemos mostrar cómo el dilema de la “inexplicable” Flora dice respecto al propio modo de ser y la propia dinámica de funcionamiento del deseo. Para lograr este objetivo utilizaremos la teoría del deseo mimético, tal como la pensó René Girard en sus principales libros, Mentira romántica y verdad novelesca y Cosas ocultas desde la fundación del mundo. Abstract In a study of Machado’s metaphors, Dirce Côrtes Riedel (1979) identifies, in chapter LXXXIII of Esau and Jacob, the presence of nine great paradoxes structuring the way that Flora’s situation is narrated, during a sleepless night, while she suffers the anguish of the inner split of her oscillating desire between the brothers Paulo and Pedro. This paper starts from the premise that the character corresponds to the personification of desire and that paradox operates, in literature and poetry, as an efficient resource to represent this human impulse. We intend to show how the dilemma o
ISSN:1517-106X
1807-0299
1807-0299
DOI:10.1590/1517-106x/202325104