Episódio depressivo maior, prevalência e impacto sobre qualidade de vida, sono e cognição em octogenários

OBJETIVOS: Determinar a prevalência de depressão maior em uma população de sujeitos acima de 80 anos residentes na comunidade, comparar os padrões de sono e a função cognitiva entre controles normais e sujeitos com depressão maior e estimar a freqüência de outros transtornos psiquiátricos entre cont...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Revista brasileira de psiquiatria 2001-06, Vol.23 (2), p.62-70
Hauptverfasser: Xavier, Flávio MF, Ferraz, Marcos PT, Bertollucci, Paulo, Poyares, Dalva, Moriguchi, Emílio H
Format: Artikel
Sprache:por
Schlagworte:
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
Beschreibung
Zusammenfassung:OBJETIVOS: Determinar a prevalência de depressão maior em uma população de sujeitos acima de 80 anos residentes na comunidade, comparar os padrões de sono e a função cognitiva entre controles normais e sujeitos com depressão maior e estimar a freqüência de outros transtornos psiquiátricos entre controles e sujeitos deprimidos. MÉTODOS: De uma população de 219 habitantes com mais de 80 anos, residentes em um município semi-rural no sul do Brasil (município de Veranópolis, RS), selecionou-se uma amostra randômica e representativa de 77 sujeitos (35%). Desse grupo, 5 sujeitos que apresentavam critérios de DSM-IV para depressão maior foram comparados com 50 controles sem diagnóstico de demência, delirium ou qualquer transtorno do humor. Os padrões de sono foram avaliados pelo Índice de Pittsburgh de Qualidade do Sono e por um diário do ciclo sono/vigília completado ao longo de duas semanas. Para a avaliação cognitiva, foram usados 5 testes neuropsicológicos: teste de lembranças seletivas de Buschke-Fuld; teste lista de palavras da bateria do CERAD; teste de fluência verbal; e 2 subtestes da bateria de memória de Wechsler. RESULTADOS: A prevalência de depressão maior foi de 7,5%. Sujeitos com esse diagnóstico, quando comparados a sujeitos do grupo-controle, apresentavam mais freqüentemente comorbidade com transtorno de ansiedade generalizada, usavam mais benzodiazepínicos e tinham uma pior qualidade de vida pela escala "Short-form 36". Os idosos deprimidos, quando comparados aos controles, tinham os mesmos padrões de sono e apresentavam o mesmo desempenho nos testes neuropsicológicos. CONCLUSÃO: Os resultados corroboram o conceito de que episódios depressivos são freqüentes entre idosos com mais de 80 anos, causando impacto sobre a qualidade de vida associada à saúde e cursando comorbidade freqüente com transtorno de ansiedade generalizada. Entre os idosos octogenários residentes na comunidade, a depressão maior não aparecia clinicamente sob a forma de "pseudodemência" depressiva e nem tinha impacto sobre os padrões de sono.
ISSN:1809-452X
DOI:10.1590/S1516-44462001000200004