Impacto do cancro do osso e tecidos moles no ajustamento emocional e qualidade de vida

O presente estudo procurou comparar o ajustamento emocional e qualidade de vida (QdV) de doentes diagnosticados com cancro do osso e tecidos moles, que se encontravam em diferentes fases da trajectória da doença. Cinquenta e cinco doentes entre o diagnóstico e o inicio dos tratamentos, 55 a realizar...

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Veröffentlicht in:Revista portuguesa de saúde pública 2011, Vol.29 (1), p.35-46
Hauptverfasser: Paredes, Tiago, Canavarro, Maria Cristina, Simões, Mário Rodrigues
Format: Artikel
Sprache:por
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Beschreibung
Zusammenfassung:O presente estudo procurou comparar o ajustamento emocional e qualidade de vida (QdV) de doentes diagnosticados com cancro do osso e tecidos moles, que se encontravam em diferentes fases da trajectória da doença. Cinquenta e cinco doentes entre o diagnóstico e o inicio dos tratamentos, 55 a realizarem tratamento e 74 em consultas de seguimento ou follow-up foram avaliados com recurso a questionários de auto-resposta. Setenta indivíduos da população geral foram usados como grupo de controlo. Nas diferentes fases da doença, a maioria dos doentes com sarcoma revelou níveis normais ou ligeiros de ansiedade e depressão mas, uma minoria considerável exibiu níveis moderados a severos. De um modo geral, os doentes em cada fase da doença revelaram um distress emocional sem relevância clínica e comparável ao de indivíduos saudáveis. Apenas os doentes a realizarem tratamento exibiram níveis de depressão significativamente superiores aos manifestados pelos sobreviventes na fase de follow-up. Na fase de diagnóstico e tratamento observou-se uma pior percepção de QdV global e na dimensão física, quer comparativamente à fase de follow-up quer aos controlos saudáveis. O impacto na QdV, de um modo geral, parece ser mais evidente na fase de tratamento dados os piores níveis de funcionamento em diversas áreas da vida e a maior experiência de sintomas físicos, principalmente em relação à fase de follow-up. Os sobreviventes livres de doença apresentam uma QdV comparável à de indivíduos da população geral, nas suas diferentes dimensões. O número de doentes que exibe um distress emocional significativo (entre 25% e 29,6% para a ansiedade e 8,3% e 23,6% para a depressão) e o impacto do cancro do osso e tecidos moles na QdV, principalmente na fase de diagnóstico e durante os tratamentos, apelam para a necessidade de implementar intervenções multidisciplinares em indivíduos diagnosticados com este tipo específico de patologia oncológica. Estas intervenções deverão incluir um componente psicossocial e ser adaptadas a cada fase da trajectória da doença. The aim of the present study was the comparison of emotional adjustment and quality of life (QoL) of bone and soft tissue cancer patients that were in different phases of the disease trajectory. Fifty five patients between diagnosis and treatment initiation, 55 under treatment and 74 in follow-up consultations were assessed using self-report questionnaires. Seventy persons from the general population were used as control group. In the
ISSN:0870-9025
DOI:10.1016/S0870-9025(11)70006-2