Minimalismo schumpeteriano, teoria econômica da democracia e escolha racional

A democracia é um dos temas mais discutidos na Ciência Política. Existe uma unanimidade em torno da legitimidade do regime democrático vis-à-vis seus opositores. Contudo, se a defesa da democracia é consensual, não há a mesma concordância sobre o que ela significa. O debate sobre o tema ressurge com...

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Veröffentlicht in:Revista de sociologia e política 2011-02, Vol.19 (38), p.27-42
1. Verfasser: Gama Neto, Ricardo Borges
Format: Artikel
Sprache:por
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Beschreibung
Zusammenfassung:A democracia é um dos temas mais discutidos na Ciência Política. Existe uma unanimidade em torno da legitimidade do regime democrático vis-à-vis seus opositores. Contudo, se a defesa da democracia é consensual, não há a mesma concordância sobre o que ela significa. O debate sobre o tema ressurge como conseqüência da crise da representação política nos países de democracia consolidada, da falência dosregimes autoritários nos países do Leste Europeu, Ásia e América Latina e das incertezas quanto à consolidação dos regimes democráticos. O artigo analisa alguns pontos de inflexão existentes na teoria democrática, mormente as questões envolvendo a relação entre democracia, lógica da ação coletiva, representação política, interesse e accountability. Inicia-se apresentando a influência de Max Weber sobre a teoria da democracia de Joseph Schumpeter, depois apresenta-se os fundamentos do minimalismo, sua influência sobre o pluralismo de Robert Dahl, os paradoxos da lógica da ação coletiva e a teoria econômica da democracia, discorrendo-se também sobre alguns aspectos dos conceitos de representação política, responsabilização, interesse, formação de preferências e vontade geral. Afirma-se que o sentido da representação política tem tornado-se cada vez mais complexo, especialmente porque a sua prática não tem coadunado-se com o "ideal da representação popular na política", característico da utopia democrática. Existe um hiato claro entre a exigência de mais representação e como ela efetiva-se nas sociedades. Contudo, o artigo defende que, apesar de todas as críticas que recebe, a democracia como sistema de governo sobrevive sob diversas condições sociais e históricas diferentes, e isto ocorre porque existe algo comum a todos os regimes democráticos: instituições representativas. Sem elas, não há como existir democracias
ISSN:0104-4478
1678-9873
1678-9873
DOI:10.1590/S0104-44782011000100003