Fatores preditivos de reversão a ritmo sinusal após intervenção na valva mitral em pacientes com fibrilação atrial crônica

Pacientes portadores de valvopatia mitral resultante de febre reumática podem exibir fibrilação atrial decorrente de alterações anatômicas e funcionais da musculatura atrial esquerda. Quando a terapêutica da lesão mitral requer correção cirúrgica, observa-se, em alguns pacientes com fibrilação atria...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de cirurgia cardiovascular 1997-01, Vol.12 (1), p.17-23
Hauptverfasser: MARATIA, Claudia, KALIL, Renato A. K, SANT'ANNA, João Ricardo M, PRATES, Paulo R, WENDER, Orlando C, TEIXEIRA FILHO, Guaracy F, ABRAHÃO, Rogério, OLIVEIRA, Flávio P, NESRALLA, Ivo A
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Beschreibung
Zusammenfassung:Pacientes portadores de valvopatia mitral resultante de febre reumática podem exibir fibrilação atrial decorrente de alterações anatômicas e funcionais da musculatura atrial esquerda. Quando a terapêutica da lesão mitral requer correção cirúrgica, observa-se, em alguns pacientes com fibrilação atrial, retorno ao ritmo sinusal. O objetivo do presente estudo foi o de identificar, em pacientes com valvopatia mitral e fibrilação atrial, variáveis capazes de prever o ritmo cardíaco após operação corretiva. Realizamos, para este fim, um estudo retrospectivo das seguintes variáveis: idade, sexo, duração da fibrilação atrial no pré-operatório, diâmetro do átrio esquerdo, fração de ejeção, diagnóstico da valvopatia, tipo de operação empregada e presença de operação cardíaca prévia, a partir de: história clínica, eletrocardiograma, ecocardiograma e nota cirúrgica, presentes no prontuário de cada doente. Os resultados mostraram não haver diferença estatisticamente significativa entre o grupo com retorno ao ritmo sinusal e o grupo que permaneceu em fibrilação atrial para as seguintes variáveis: idade, sexo, duração da fibrilação atrial, diâmetro de átrio esquerdo, fração de ejeção, tipo de operação realizada e presença de operação cardíaca prévia. Os pacientes com insuficiência mitral e diâmetro de átrio esquerdo menor que 52 mm apresentaram maior chance de retorno para ritmo sunusal após operação (OR = 1,945; p = 0,02). A identificação de pacientes com elevada possibilidade de manutenção de fibrilação atrial, após a operação para correção de valvopatia mitral, torna o emprego de terapêutica cirúrgica, para a citada arritmia, procedimento a ser considerado na estratégia definida no pré-operatório. Excluindo-se aqueles com átrio esquerdo menor de 52 mm e insuficiência mitral, todos os demais casos com fibrilação atrial crônica seriam candidatos a procedimentos específicos para reversão da arritmia.
ISSN:0102-7638
1678-9741
0102-7638
DOI:10.1590/S0102-76381997000100003