Resultados do registro de cirurgias colorretais videolaparoscópicas realizadas no Estado de Minas Gerais - Brasil de 1996 a 2009

INTRODUÇÃO: A partir de 1991, a videolaparoscopia começou a ser considerada no tratamento de doenças colorretais. O aprimoramento da técnica cirúrgica associado aos benefícios encontrados em diversos estudos publicados levou a modificações nas perspectivas da videolaparoscopia. A partir da publicaçã...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de colo-proctologia 2010-03, Vol.30 (1), p.61-67
Hauptverfasser: Queiroz, Fábio Lopes de, Côrtes, Marcelo Giusti Werneck, Rocha Neto, Paulo, Alves, Adriana Cherem, Freitas, Antônio Hilário Alves, Lacerda Filho, Antonio, Neiva, Augusto Motta, Hanan, Bernardo, Côrtes, Bruno Giusti Werneck, Bechara, Christiane de Souza, Maia Junior, Cleber Luiz Scheidegger, Fernandes, Cristiane Koizimi Martos, Mansur, Eliane Sander, Cruz, Geraldo Magela Gomes da, Silva, Hélio Antônio, Mendonça, Isabela Alvarenga, Vasconcelos, Jander Bairral, Figueiredo, Juliano Alves, Sena, Kanthya Arreguy de, Maciel, Leonardo, Costa, Luciana Pyramo, Luz, Magda Maria Profeta da, Santos, Marco Antônio Miranda dos, Carmona, Maria Zuleime, Maranhão, Ramon Pires, Paiva, Rodrigo de Almeida, Silva, Rodrigo Gomes da, Leite, Sinara Mônica de Oliveira, Oliveira, Teon Augusto de Noronha, Silva, Thaísa Barbosa da, Alves Filho, Valdivino, Lamounier, Paulo Cesar de Carvalho
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:INTRODUÇÃO: A partir de 1991, a videolaparoscopia começou a ser considerada no tratamento de doenças colorretais. O aprimoramento da técnica cirúrgica associado aos benefícios encontrados em diversos estudos publicados levou a modificações nas perspectivas da videolaparoscopia. A partir da publicação do estudo COST as ressecções oncológicas laparoscópicas foram reconhecidas como alternativa viável, com resultados semelhantes à cirurgia convencional. PACIENTES E MÉTODOS: Realizou-se pesquisa através de formulário específico e consulta a prontuários dos principais serviços de coloproctologia de Belo Horizonte. Avaliando-se sexo, idade, indicação cirúrgica, procedimento realizado, técnica laparoscópica, complicações, conversão, estadiamento e recidiva (no caso de neoplasias). RESULTADOS: Foram levantados dados sobre 503 cirurgias colorretais laparoscópicas: 347 (68,9%) em mulheres e 156 (31,1%) homens. A técnica cirúrgica foi totalmente laparoscópica em 137 casos, vídeo-assistida 245 casos. O procedimento mais realizado foi a retossigmoidectomia (41,1%), seguido pela colectomia direita (12,5%), colectomia esquerda (6,9%). Doenças benignas foram responsáveis por 259 (51,5%) casos, destes as principais indicações cirúrgicas foram endometriose 126 (48,6%), pólipos 40 (15,4%), doença diverticular 30 (11,6%). Das 240 cirurgias realizadas por doenças malignas as mais frequentes foram retossigmoidectomia 102 (42,5%), colectomia direita 46 (19,1%), colectomia esquerda 18 (7,5%), amputação abdominoperineal 18 (7,5%). Houve 54 conversões (10.7%) dos casos, 12,9% (31/240) nos casos de neoplasias, 8,5% (22/259) nos de doenças benignas. Complicações sistêmicas ou cirúrgicas ocorreram em 31 (6,1%) e 56 (11,1%) casos, respectivamente. Foram registrados onze (2,18%) óbitos nos primeiros 30 dias após a cirurgia. CONCLUSÃO: O estudo atual foi o primeiro levantamento da implantação de cirurgias colorretais laparoscópicas realizado de forma multicêntrica em Minas Gerais. Os dados levantados são consistentes com registros nacionais de videocirurgia colorretal, mostrando a eficiência do método de aprendizado com realização de cirurgias com tutor. Além disso, que pequena parte das cirurgias colorretais são realizadas por via laparoscópica no estado, restritos apenas a centros especializados, sobrecarregando esses serviços e limitando o acesso para a população.
ISSN:0101-9880
DOI:10.1590/S0101-98802010000100008