Prostituição e polícia: mulheres e homens na mira do policiamento moral em Belo Horizonte, MG, Brasil (c. 1920/1930)

RESUMO Este artigo examina a relação entre polícia e prostituição na primeira república, com ênfase para a década de 1920, momento da emergência de uma nova forma de lidar com a prostituição no país, com as criações das delegacias de costumes. Busca-se uma explicação para esse fenômeno a partir do d...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:História (São Paulo, Brazil) Brazil), 2019, Vol.38
1. Verfasser: Pereira, Lucas Carvalho Soares de Aguiar
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
Schlagworte:
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
Beschreibung
Zusammenfassung:RESUMO Este artigo examina a relação entre polícia e prostituição na primeira república, com ênfase para a década de 1920, momento da emergência de uma nova forma de lidar com a prostituição no país, com as criações das delegacias de costumes. Busca-se uma explicação para esse fenômeno a partir do diálogo com a historiografia da prostituição e com a história transnacional. Indico a necessidade de um investimento em novas pesquisas na direção de análises das trajetórias de sujeitos (homens e mulheres), observando suas rotas e os percursos relacionados à prostituição no país. A hipótese lançada é que a circulação de ideias científicas sobre a prostituição e a circulação de sujeitos migrantes envolvidos com o tráfico internacional e nacional de mulheres no período contribuíram para se forjar uma espécie de regulamentação de fato da prostituição no país, implicando em novas formas de as polícias estaduais atuarem diante dessa prática. O caso de Belo Horizonte aparece como exemplo desse modelo mais amplo de recrudescimento do poder discricionário dos delegados de costumes no país num período de consolidação de um policiamento moral das práticas de mulheres e homens nos espaços de divertimento e de prostituição em diferentes espaços urbanos do país. ABSTRACT This paper examines the relation between the police and prostitution in the first republic, with a focus in the 1920s, a time of emergence of a new way of dealing with prostitution in the country, with the creation of Vice Squad departments. An explanation to this phenomenon is sought through a dialogue of the historiography of prostitution with transnational history. The need for an investment in new researches examining personal trajectories (of both men and women) and noting their routes and pathways in regards to prostitution in the country is emphasized. The hypothesis is that the circulation of scientific ideas about prostitution and the movement of migrating people involved in national and international women sexual trafficking during this period have contributed to shape actual regulation of prostitution in the country, which means new ways of state police action regarding this practice. Belo Horizonte’s case is illustrative of this wider model of the morality deputies’ growing discretionary power during a period of consolidation of moral policing on women and men’s practices in places of leisure and prostitution in different urban spaces in the country.
ISSN:0101-9074
1980-4369
1980-4369
DOI:10.1590/1980-4369e2019049