Mielinólise pontina central após transplante hepático: o sódio é o único vilão? Relato de caso

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A ocorrência de sintomas neurológicos em pacientes gravemente enfermos é comum e, muitas vezes, um desafio propedêutico. Descrita há cerca de 50 anos, a desmielinização dos neurônios da região pontina é uma alteração patológica associada a quadros neurológicos e psiquiátri...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de anestesiologia 2009-06, Vol.59 (3), p.344-349
Hauptverfasser: Morais, Bruno Salomé de, Carneiro, Fabiano Soares, Araújo, Rodolfo de Morais, Araújo, Guilherme Freitas, Oliveira, Rodrigo Bernardes de
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A ocorrência de sintomas neurológicos em pacientes gravemente enfermos é comum e, muitas vezes, um desafio propedêutico. Descrita há cerca de 50 anos, a desmielinização dos neurônios da região pontina é uma alteração patológica associada a quadros neurológicos e psiquiátricos após transplante hepático. O objetivo deste relato foi apresentar a mielinólise pontina central diagnosticada no pós-operatório de transplante hepático e discutir sua fisiopatologia. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 29 anos, submetida a transplante hepático devido insuficiência hepática fulminante. No pós-operatório apresentou quadro neurológico característico de Síndrome Locked In e lesões compatíveis com mielinólise pontina central à ressonância nuclear magnética. A paciente não apresentou oscilações exageradas do sódio plasmático, íon frequentemente incriminado como agente causal, evoluindo com melhora significativa em algumas semanas. CONCLUSÕES: A mielinólise pontina central tem etiologia multifatorial e atenção especial deve ser dada ao grupo de pacientes com maior risco, tais como aqueles submetidos a alterações abruptas da natremia, transplantados de fígado, etilistas crônicos e desnutridos. É importante reconhecer que as síndromes desmielinizantes osmósticas podem surgir em pacientes com níveis séricos de sódio baixo, normal ou elevado, evidenciando a contribuição de outros fatores desencadeantes.
ISSN:1806-907X
DOI:10.1590/S0034-70942009000300010