Anestesia para ventriculostomia por via endoscópica para tratamento de hidrocefalia: relato de casos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A terceiro-ventriculostomia endoscópica está se tornando um procedimento de rotina entre as intervenções neurocirúrgicas infantis. Entretanto, relatos sobre anestesia para crianças submetidas a tais procedimentos ainda são escassos. O objetivo desta série de casos foi demo...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de anestesiologia 2007-02, Vol.57 (1), p.83-89
Hauptverfasser: Valadares, Friederike Wolff, Lorentz, Michelle Nacur, Heyden, Eliana G., Val Filho, José Aloysio Costa
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A terceiro-ventriculostomia endoscópica está se tornando um procedimento de rotina entre as intervenções neurocirúrgicas infantis. Entretanto, relatos sobre anestesia para crianças submetidas a tais procedimentos ainda são escassos. O objetivo desta série de casos foi demonstrar os cuidados e a eficácia do método empregado. RELATO DOS CASOS: Foram avaliadas retrospectivamente 38 crianças abaixo de 2 anos que se submeteram à terceiro-ventriculostomia neuroendoscópica para tratamento de hidrocefalia obstrutiva no período de 1999 a 2004 no Biocor Instituto. Foram estudados o diagnóstico, comorbidades, idade, peso, técnica anestésica, monitorização e as complicações intra e pós-operatórias. Todos os pacientes, entre 1 semana e 20 meses, apresentavam hidrocefalia obstrutiva por compressão do aqueduto de etiologia variada. A indução anestésica em 35 crianças foi por via inalatória e por via venosa em três delas. A monitorização de 34 pacientes foi com eletrocardiograma, oxímetro de pulso, capnógrafo e termômetro esofágico, sendo quatro crianças monitorizadas com pressão arterial invasiva contínua. A manutenção da anestesia em 15 pacientes foi balanceada com fentanil e isoflurano e em outros 23 pacientes inalatória com isoflurano. Trinta e cinco crianças foram extubadas após o procedimento na sala cirúrgica e outras três no CTI. Seis pacientes foram encaminhados ao CTI após a extubação. Complicações observadas: disritmias cardíacas sem repercussão hemodinâmica no intra-operatório (seis casos). Dois pacientes tiveram sangramento intra-operatório, mas somente um deles demandou implante de derivação ventricular externa. As complicações no pós-operatório foram: vômitos (6), picos febris (4) convulsões (2), laringoespasmo (1) e estridor laríngeo (1). CONCLUSÕES: A terceiro-ventriculostomia apresenta baixa incidência de complicações mesmo em pacientes com menos de 24 meses, desde que sejam adotadas técnicas anestésicas e cirúrgicas adequadas.
ISSN:1806-907X
DOI:10.1590/S0034-70942007000100009