Oficina Pedagógica sobre Educação em Direitos Humanos

O Ensino Remoto Emergencial (ERE) se tornou uma realidade para grande parte dos estudantes do Distrito Federal (DF)/Brasil e se estendeu até o fim do 1º semestre letivo de 2021, quando teve início no DF o retorno, gradativo e com ressalvas, ao ensino e aprendizagem na modalidade presencial, o qual em nossa avaliação causou um impacto significativo nas relações em sala de aula e na mediação da aprendizagem. Somado a isso, percebe-se que a convivência baseada no respeito e na solidariedade tem sido algo cada vez mais desafiador em nossa sociedade, pois os interesses coletivos vêm sendo substituídos gradativamente por padrões individualistas, sendo agravado após o período de isolamento em função da pandemia causada pelo Coronavírus. Este artigo propõe-se a narrar, a partir de um relato de experiência, oficinas pedagógicas ancoradas na Educação em e para Direitos Humanos, bem como na construção da cultura de paz. As oficinas foram realizadas no âmbito de uma escola pública de Anos Finais, do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação do Distrito Federal ao longo do 1º semestre letivo de 2022 e se deu pelo Serviço de Orientação Educacional e a Equipe especializada de Apoio à Aprendizagem no intuito de promover na escola um espaço propício para a convergência das singularidades, com respeito, sem violência e intolerâncias (sejam elas: racial, de gênero, religiosa ou de qualquer outro âmbito), atendendo a solicitação dos professores diante da dificuldade de resolver os diversos conflitos em sala de aula. O trabalho evidenciou a necessidade de se estabelecer canais dialógicos entre professores e alunos, manutenção de espaços de escuta aos discentes e uso de estratégias e atividades contextualizadas. Emergency Remote Learning (ERE) became a reality for most students in the Federal District (DF) of Brazil and lasted until the end of the first semester of 2021, when the gradual return to face-to-face teaching and learning began in DF, which in our evaluation had a significant impact on classroom relations and learning mediation. Added to this, we realize that coexistence based on respect and solidarity has been something increasingly challenging in our society, because the collective interests have been gradually replaced by individualistic standards, being aggravated after the isolation period due to the pandemic caused by the Coronavirus. This article aims to narrate, through an experience report, pedagogical workshops anchored in Education in and for Human Right