Marina. Lucchesi, Marco. Santo André (SP): Rua do Sabão, 2023

Ao atravessarmos a leitura de um livro com a responsabilidade de "apresentá-lo" a um público, diversos são os caminhos para que isso aconteça. Podemos, como se sabe, isolar o livro como se o autor não tivesse outros. Ou, até, escaparmos de contextualizações. Mas no caso de um livro cujo au...

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Veröffentlicht in:EccoS – Revista Científica 2023-09 (66), p.1-11
1. Verfasser: Baptista, Ana Maria Haddad
Format: Artikel
Sprache:por
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Ao atravessarmos a leitura de um livro com a responsabilidade de "apresentá-lo" a um público, diversos são os caminhos para que isso aconteça. Podemos, como se sabe, isolar o livro como se o autor não tivesse outros. Ou, até, escaparmos de contextualizações. Mas no caso de um livro cujo autor é da envergadura d Marco Lucchesi, tal procedimento seria, no mínimo, desonesto.  Ou uma postura que iria contra qualquer princípio de sensibilidade. Reforçaríamos, ainda mais, a fúria irônica de Sartre: "É preciso lembrar que a maioria dos críticos são homens que não tiveram muita sorte na vida (...) O crítico vive mal; sua mulher não o aprecia como seria de se desejar, seus filhos são ingratos, os fins de mês são difíceis" [1]. Sejamos justos e lúcidos. Marco Lucchesi, já faz bons anos, destaca-se no cenário nacional e internacional por um percurso literário e profissional, digno de ser comentado se pensarmos em um escritor que, de fato, desde sempre se dedicou à literatura.  Na prática, a difundi-la pelos mais variados meios. O escritor brasileiro que pertence à ABL desde seus quarenta e sete anos e, posteriormente, a presidiu durante quatro anos.  Atualmente, preside a Fundação Biblioteca Nacional. Jamais deixou de lado traduções de autores, contemporâneos e clássicos, de todos os cantos do mundo. Diga-se de passagem, que Marco Lucchesi domina mais de vinte idiomas. O poeta frequenta Babel desde criança.  Com isso sobe e desce suas escadas com a serenidade e agilidade dos grandes sábios. Sem esnobismos. Com a mesma naturalidade do desabrochar espontâneo de um lírio da paz numa manhã que pouco promete. Por que omitir que Marco Lucchesi criou uma língua própria? Ou seja, a língua Laputar.  Recentemente publicada em sua terceira edição juntamente com a quarta edição de Hinos Matemáticos. Uma obra do poeta em que conceitualmente (o enfoque não é pedagógico) coloca em evidência a beleza da matemática e conduz, uma vez mais, a relações entre ela e a poesia.  Paisagem Lunar, em sua segunda edição, é um verdadeiro tratado filosófico que reúne sínteses epistemológicas, sob a forma, inclusive, de aforismos, em que nos leva a refletir, uma vez mais, os delicados liames que entrelaçam literatura e filosofia. Em Domínios da Insônia a reunião da maior parte de poemas do autor, que por sua vez, dialogam com fontes contemporâneas e clássicas quase inimagináveis, assim como o habitual diálogo do poeta com inúmeras fontes artísticas, filosóficas e científicas. Quando Anna Luiza Car
ISSN:1983-9278
1517-1949
1983-9278
DOI:10.5585/eccos.n66.25161