RESPOSTA DO DESEMPENHO VEGETATIVO EM CULTIVARES DE SOJA SUBMETIDAS A IRRIGAÇÃO DÉFICITÁRIA

As culturas agrícolas apresentam estádios fenológicos de menor suscetibilidade ao déficit hídrico do solo, nos quais a estratégia de manejo da irrigação deficitária pode ser empregada. Neste contexto, objetivou-se avaliar a influência do manejo da irrigação deficitária ao longo de diferentes estádios de desenvolvimento em três cultivares de soja nas condições edafoclimáticas do cerrado sul piauiense. A pesquisa foi conduzida durante os meses de setembro de 2020 a janeiro de 2021, no município de Uruçuí-PI (com coordenadas geográficas de 07 13' 46" S, 44 33' 22" W), sob delineamento experimental de blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, onde os tratamentos, compostos nas parcelas, foram definidos em função da época de indução do déficit hídrico de 50% da evapotranspiração potencial da cultura - ETpc, via clima, através da combinação em diferentes estádios fenológicos da soja (vegetativo, floração e formação da produção), e as subparcelas, foram compostas por três cultivares (FT 4191; FT 3181 e BG 478 IPRO), com três repetições. Para averiguar os efeitos dos tratamentos impostos, avaliou-se às seguintes variáveis: altura das plantas, número de folhas e a fitomassa seca total da parte aérea. As variáveis foram submetidas à análise estatística pelo teste de Tukey (cultivares) e teste de Scott-Knott (tratamentos de irrigação deficitária). As características vegetativas das cultivares de soja investigadas (altura de plantas, número de folhas e produção de fitomassa seca da parte aérea) são afetadas drasticamente quando a imposição do déficit hídrico (50% da ETpc) é induzida ao longo de todo o ciclo produtivo. Sob tal condição hídrica, as cultivares FT 4181 e 3191 IPRO se destacaram entre as cultivares investigadas, sendo assim apontadas como as mais tolerantes a reduzida disponibilidade hídrica em suas diferentes fases fenológicas.