Jornalistas e jornalismo: desenvolvimento e modernização brasileira

Este artigo registra o propósito de refletir sobre as transformações do jornalismo a partir da incorporação dos aparatos digitais pelas redações. Fundamentando-se na pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e interdisciplinar em áreas de Comunicação Social e Tecnologia Digital, foi possível visualizar as mudanças das atividades e os problemas que afligem o jornalismo comercial contemporâneo, cada vez mais convergente e multiplataforma. Fatores como velocidade de produção, tempo de resposta, aceitação da mensagem pela audiência em tempo real, criação de conteúdos em múltiplas versões, valorização e até a superestimação dos conteúdos imagéticos nas mensagens feitas para todos os veículos, a personalização constante das linguagens utilizadas, o uso crescente de bots para realizar diversas atividades nas redes e plataformas informáticas, como a programação para mecanismos de busca e interpretação de algoritmos para monitorar redes sociais digitais, dentre outros recursos e atividades comunicativas que passaram a impor ao jornalista um rol de conhecimentos cada vez mais vasto com exigências e rotinas profissionais muito mais abrangentes e especializadas. Atualmente, a produção jornalística exige de seus profissionais diversas habilidades tecnológicas, amplos e diversificados repertórios informativos e versatilidade editorial, que vão além dos repertórios obtidos com a formação universitária, são qualidades adquiridas e aprimoradas durante a produção cotidiana de linguagens multimiádicas sobre várias temáticas para atender diversos tipos de veículos informativos. É primordial a atualização e o traquejo profissional em um momento de constante transformação das tecnologias, dos modos de produção e financiamento dos veículos, de processos de apuração, edição em várias linguagens híbridas com divulgação informativa realizados em espaços de tempo cada vez mais reduzidos. A maior parte das atividades realizadas utiliza equipamentos que combinam hardwares e aplicativos digitais potentes, versáteis e atualizados, tanto para produzir bens materiais quanto para criar produtos simbólicos. Aumenta a depedência de novos bens de capital providos por recursos produtivos e financeiros digitalizados que em menos de meio século superaram as matrizes analógicas industriais, comerciais e comunicativas, cuja utilização tornou-se predominante nas últimas décadas do século XIX, entre as “sociedades desenvolvidas.” Os novos meios e as relações laborais digitais possibilitam p