Compreensão do binômio segurança e risco: perspectivas em diálogo

O trabalho busca elaborar uma compreensão sobre os ajustamentos criativos de manutenção do status quo e da segurança e a impossibilidade ou inexistência da segurança enquanto ausência de riscos. Apesar dessa impossibilidade, a procura pela segurança e a evitação de riscos são marcantes na sociedade...

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Veröffentlicht in:Revista da Abordagem Gestáltica : Phenomenological Studies 2020-12, Vol.26, p.428
Hauptverfasser: CamposI, Rafael Cidrão, João Vitor Moreira MaiaII
Format: Artikel
Sprache:por
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Beschreibung
Zusammenfassung:O trabalho busca elaborar uma compreensão sobre os ajustamentos criativos de manutenção do status quo e da segurança e a impossibilidade ou inexistência da segurança enquanto ausência de riscos. Apesar dessa impossibilidade, a procura pela segurança e a evitação de riscos são marcantes na sociedade contemporânea e frequentemente se apresentam na clínica psicológica. Esta, muitas vezes, é entendida como um espaço que irá fornecer respostas e segurança tanto no imaginário de quem busca como de quem oferece o serviço psicoterapêutico. Refletindo sobre a temática, busca-se estabelecer um diálogo entre perspectivas sociológicas, a filosofia de Paul Tilich e os referenciais teóricos da Gestalt-terapia. Discute-se que, a partir das sociedades modernas, os saberes científicos, entre eles a Psicologia, são buscados como uma promessa de segurança. Aponta-se, a partir da obra de Paul Tilich, o risco como inerente à existência, ilustrado pela certeza da morte. Indica-se ainda que a ansiedade é vivida pelo homem diante da consciência de sua finitude, sendo essa ansiedade podendo ser enfrentada por um ato de coragem. Recorre-se ao referencial teórico da Gestalt-terapia, que considera a fantasia de segurança e evitação do risco como possíveis ajustamentos neuróticos, entendidos como obstáculos ao crescimento pela evitação do contato com a novidade. Observa também que a prática clínica da Gestalt-terapia não se propõe a oferecer uma ausência de riscos aos seus clientes, mas sim, amparada pelo suporte ambiental construído na relação terapêutica, busca facilitar o contato com a forma como esses riscos são vividos, possibilitando assim o desenvolvimento do autossuporte.
ISSN:1809-6867
1984-3542
DOI:10.18065/2020v26ne.7