Apagamento do rótico em coda no Português Santomense (PST): uma análise sociolinguística

O objetivo deste artigo é analisar o apagamento do rótico em coda no português de São Tomé (PST), uma variedade do português falada em São Tomé e Príncipe. Para análise desse processo, nos pautamos na Sociolinguística Variacionista e a análise quantitativa foi realizada nos softwares RStudio e Rbrul...

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Veröffentlicht in:Revista de estudos da linguagem 2024-10, Vol.29 (3), p.2011-2040
Hauptverfasser: Vieira, Nancy Mendes Torres, Balduino, Amanda Macedo
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Beschreibung
Zusammenfassung:O objetivo deste artigo é analisar o apagamento do rótico em coda no português de São Tomé (PST), uma variedade do português falada em São Tomé e Príncipe. Para análise desse processo, nos pautamos na Sociolinguística Variacionista e a análise quantitativa foi realizada nos softwares RStudio e Rbrul. Consideramos variáveis sociais (Sexo, Faixa Etária e Grau de Escolaridade) e linguísticas (Classe Gramatical, Tonicidade, Posição do Segmento e Contexto Fonológico Precedente) que poderiam favorecer ou desfavorecer o fenômeno. Examinando as 1523 ocorrências de rótico em coda, verificamos o apagamento do rótico em 56,53% dos dados. A variável mais significativa foi a Posição do Segmento com o maior índice de apagamento constatado quando o rótico estava em posição final (P.R. .71). A amostra foi, portanto, dividida em duas amostras menores analisadas separadamente: 712 ocorrências do rótico em coda medial e 811 em coda final. Na análise do fenômeno em coda medial, o índice de apagamento foi de 32,6% e os maiores índices de apagamento foram verificados entre os informantes do ensino fundamental (P.R. .62) e do sexo feminino (P.R. .59). Já em coda final, o índice de apagamentos foi de 77,5% e os falantes com ensino fundamental (P.R. .75) e mais jovens (P.R. .76) foram mais propensos ao apagamento, ademais, a classe verbal favoreceu o apagamento (P.R. .62). Os resultados são cojetados com trabalhos prévios (BOUCHARD, 2017; BRANDÃO, 2018; BRANDÃO; DE PAULA, 2018; BRANDÃO et al., 2017) e com resultados de estudos sobre variedades do PB e do PE.
ISSN:2237-2083
0104-0588
2237-2083
DOI:10.17851/2237-2083.29.3.2011-2040