Relação entre precipitação e recarga de águas subterrâneas na Amazônia Central

A água subterrânea na Amazônia é de fundamental importância na manutenção dos serviços ecossistêmicos e para atender demandas humanas. Apesar da existência de grandes corpos de água doce na região, as demandas de abastecimento são atendidas a partir de fontes subterrâneas, majoritariamente freáticas...

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Veröffentlicht in:Águas subterrâneas (São Paulo, Brazil) Brazil), 2020-01, Vol.34 (1), p.39-49
Hauptverfasser: De Brito, Alderlene Pimentel, Tomasella, Javier, Wahnfried, Ingo Daniel, Candido, Luiz Antonio, Monteiro, Maria Terezinha, Filgueiras, Sávio José Ferreira
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Beschreibung
Zusammenfassung:A água subterrânea na Amazônia é de fundamental importância na manutenção dos serviços ecossistêmicos e para atender demandas humanas. Apesar da existência de grandes corpos de água doce na região, as demandas de abastecimento são atendidas a partir de fontes subterrâneas, majoritariamente freáticas. De forma geral, demandas crescentes do recurso subterrâneo associadas ao crescimento demográfico e padrões de uso do solo podem induzir a alterações nas relações de balanço hídrico e, presumidamente também, as relações entre precipitação-recarga.  Somam-se, a esses fatores, efeitos dos eventos climáticos interanuais como o ENOS em suas distintas manifestações: El Niño e La Niña.  O objetivo deste estudo é correlacionar as recargas anuais e episódicas nos aquíferos Alter do Chão e Trombetas com a precipitação entre 2011 a 2018, tendo como foco especial o evento de El Niño de 2015-2016. A análise consiste na estimativa das taxas de recarga a partir do método Variação do Nível de Água (VNA) e na comparação das variações do nível da água subterrânea ao déficit total no armazenamento de água para o período. Padrões de comportamento interanuais do nível freático correlacionam-se com a variabilidade observada para a precipitação. A recarga média anual para os aquíferos Alter do Chão e Trombetas foi de 35% (572 mm) para uma precipitação anual de 1647 mm, e 24%, ou seja, 473 mm de 1954 mm precipitados, respectivamente. Os níveis freáticos mínimos ocorreram em janeiro de 2016. Este efeito indica que o ENOS pode gerar diminuições no volume total de água armazenado em aquíferos na Amazônia durante e alguns meses após sua ocorrência.
ISSN:0101-7004
2179-9784
DOI:10.14295/ras.v34i1.29616