O OLHAR DOS ADOLESCENTES SOBRE A VIOLÊNCIA E O LAZER NOS TERRITÓRIOS PELAS LENTES DO PHOTOVOICE

A violência noticiada sob a forma de espetáculo favorece a produção de julgamentos apressados que ocultam seus determinantes sociais e engendram intervenções que reforçam a lógica ostensiva e a reclusão dos segmentos populacionais historicamente vulnerados, dentre estes, os adolescentes. Considerand...

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Veröffentlicht in:Hygeia (Uberlândia) 2019-07, Vol.15 (31), p.1-15
Hauptverfasser: Souza Aragão, Ailton, Alves Querino, Rosimár, Silveira Gomes, Luana Cristina, Trajano da Silva, Luciana, Bizinoto Caetano, Maria Carolina, Loyola Martins, Otávio, Amatângelo Oliveira, Ana Angelina, Graner Araújo Oliveira, Ana Carolina, Lopes Santos, Maria, Oliveira Sabino, Fabiano Henrique
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:A violência noticiada sob a forma de espetáculo favorece a produção de julgamentos apressados que ocultam seus determinantes sociais e engendram intervenções que reforçam a lógica ostensiva e a reclusão dos segmentos populacionais historicamente vulnerados, dentre estes, os adolescentes. Considerando-os como sujeitos de direitos e produtores de uma linguagem própria, as fotografias permitem desvelar os discursos que criminalizam a pobreza. A pesquisa objetivou analisar a apreensão de 77 adolescentes frequentadores de um programa de fortalecimento de vínculos e convivência comunitária denominado ProJovem Adolescente, funcionamento nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), sobre seus territórios durante o ano de 2015 e 2016. Adotou-se o “photovoice”, seguido da audiogravação, transcrição das narrativas, categorização e análise de conteúdo temática. As imagens e as narrativas categorizadas retratam a violência e os limites para o lazer nos territórios: as pichações nas praças, as depredações de equipamentos de uso público; a presença de terrenos baldios e, fundamentalmente, o medo promovido pelo tráfico de drogas. As vulnerabilidades territoriais, como a ausência de equipamento públicos, evidenciam a violência estrutural que fragiliza e reduz a proteção aos riscos da violência, a qual colabora para a estigmatização das comunidades. A linguagem fotográfica e as narrativas estimulam o engajamento dos adolescentes e colabora para o empoderamento dos mesmos.
ISSN:1980-1726
1980-1726
DOI:10.14393/Hygeia153143020