Indígena e o desafio diferenciado

Em Manaus, dizia a vovó, [...] lá tudo fica longe, tem que ir de carro, dói a cabeça, [é] muito exame, mesmo estando com os outros da família, nao é bom. Acabou que curei aqui mesmo, agora, já estou boa nao fico mais triste, nem sozinha, isso que faz mal para nós ficar sem nossa comida boa, rede, pe...

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Veröffentlicht in:Tellus (Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil) Mato Grosso do Sul, Brazil), 2019-01, Vol.19 (38), p.407-415
1. Verfasser: Rodrigues, Eliene dos Santos
Format: Artikel
Sprache:por
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Em Manaus, dizia a vovó, [...] lá tudo fica longe, tem que ir de carro, dói a cabeça, [é] muito exame, mesmo estando com os outros da família, nao é bom. Acabou que curei aqui mesmo, agora, já estou boa nao fico mais triste, nem sozinha, isso que faz mal para nós ficar sem nossa comida boa, rede, peixe e a família né? ^s vezes, eu fico quieta só lembrando como era antes, nao tinha doença feia, agora, tem muito, aumentou mais, o ruim é sair daqui e sem tempo para voltar, eu nao fico preocupada com a doença, eu só quero saber quando vou voltar, quero voltar logo por que lá é muito ruim demais. A participaçao nos rituais de saúde nas aldeias por onde eu passava trabalhando era algo que alimentava o pertencimento étnico todos os dias, mesmo nao sendo do meu povo. No mes de março a minha Curacy viajou para Manaus e eu nao pude acompanha-la, como nos outros anos, a dor era imensa, pois eu tinha certeza que os hospitals nao estavam e nao estao preparados para receber povos indígenas.
ISSN:1519-9452
2359-1943
DOI:10.20435/tellus.v19i38.624