EFEITOS DA SALINIDADE DO SOLO E ENCHARCAMENTO SOBRE AS TAXAS DE CRESCIMENTO DE PLANTAS JOVENS DE COQUEIRO-ANÃO-VERDE

Atualmente, um dos principais problemas no setor agrícola, sobretudo, em regiões semiáridas, vem sendo o processo de salinização dos solos. Outro fator existente nos ambientes salinos é o excesso de água, notadamente, em solos com drenagem deficiente. A utilização de espécies tolerantes tem sido uma estratégia recomendada, na reabilitação de solos afetados por sais. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos isolados e das associações entre salinidade e encharcamento do solo sobre as taxas de crescimento de plantas jovens de coqueiro-anão-verde. O experimento foi conduzido na área experimental da Estação Agrometeorológica, da Universidade Federal do Ceará, no município de Fortaleza - Ceará, sob delineamento estatístico de blocos casualizados, em parcelas subsubdivididas com cinco repetições. As parcelas foram formadas por cinco ciclos de encharcamento (0; 1; 2; 3 e 4), aos 30, 60, 90 e 120 dias, com duração de quatro dias cada ciclo, as subparcelas foram constituídas por cinco níveis de salinidade do solo (1,70; 11,07; 16,44; 22,14 e 25,20 dS m-1) e as subsubparcelas foram compostas pelas épocas de avaliação (30, 60, 90 e 120 dias). As taxas de crescimento absoluto e relativo foram obtidas, pelo incremento em altura e diâmetro, entre duas amostragens, nos períodos de 0-30, 30-60, 60-90 e 90-120 dias. Foram verificados decréscimos nas taxas de crescimento em altura e diâmetro, com o incremento da salinidade, associado ao encharcamento. Embora, tenha sido verificado o efeito significativo dos ciclos de encharcamento, observa-se que as maiores reduções atreladas a esse estresse ocorreram nos menores níveis de salinidade do solo.