Candomblé(s) e espaço público na Ilha de Itaparica, Bahia

Resumo Neste artigo tomamos os conceitos de religião e espaço público como domínios relacionais. A partir dessa abordagem, seguimos as propostas de van de Port no que se refere à circularidade do candomblé de orixá no espaço público baiano, buscando articular as ideias do autor ao reconhecimento de...

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Veröffentlicht in:Religião e sociedade 2015-12, Vol.35 (2), p.297-318
Hauptverfasser: Tavares, Fátima, Caroso, Carlos
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:Resumo Neste artigo tomamos os conceitos de religião e espaço público como domínios relacionais. A partir dessa abordagem, seguimos as propostas de van de Port no que se refere à circularidade do candomblé de orixá no espaço público baiano, buscando articular as ideias do autor ao reconhecimento de que a circularidade produz uma cartografia atravessada por mediadores heterogêneos, ou seja, de que o candomblé propicia agenciamentos variados, incluindo-se, entre esses, os bens simbólicos de ampla circulação no espaço público. Com base nesses argumentos, procuramos compreender as relações entre candomblé de egun e candomblé de orixá na Ilha de Itaparica, apresentando elementos etnográficos que sugerem uma problematização do argumento de van de Port, indicando que a circulação do candomblé nessa localidade não se processa como em Salvador, mas apresenta assimetrias importantes nos modos de legitimação e visibilização social dessa religião em Itaparica. Abstract In this paper, we take the concepts of religion and public space as relational domains. Based on this point of view, we follow van de Port’s proposition about the circularity of Orisha’s Candomblé in Bahia’s public space, seeking to articulate the author’s ideas to the recognition that the circularity produces a cartography of heterogeneous mediators, namely, that Candomblé provides varied agencyings, including, among them, the symbolic goods of wide circulation in the public space. Based on these arguments, we try to understand the relationships between Eguns’ Candomblé and Orisha’s Candomblé in the Island of Itaparica, by bringing out to discussion ethnographic elements that suggest problematizing van de Port’s argument, indicating that the circulation of Candomblé in this locality does not processes such as in Salvador, but presents important asymmetries in the ways of social legitimization and visibility of that religion in Itaparica.
ISSN:0100-8587
0100-8587
1984-0438
DOI:10.1590/0100-85872015v35n2cap12