A CHEIA HISTÓRICA DO RIO MADEIRA NO ANO DE 2014: RISCOS E IMPACTOS À SAÚDE EM PORTO VELHO (RO)

No ano de 2014, o rio Madeira em Porto Velho, capital de Rondônia, alcançou níveis recordes. Do ponto de vista meteorológico, a cheia histórica do rio foi atribuída às chuvas extremas que caíram sobre o centro-norte da Bolívia e no sudeste do Peru, onde se encontram os seus principais afluentes. A e...

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Veröffentlicht in:Hygeia (Uberlândia) 2015-12, Vol.11 (21), p.62-79
Hauptverfasser: Franca, Rafael Rodrigues da, Mendonça, Francisco de Assis
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:No ano de 2014, o rio Madeira em Porto Velho, capital de Rondônia, alcançou níveis recordes. Do ponto de vista meteorológico, a cheia histórica do rio foi atribuída às chuvas extremas que caíram sobre o centro-norte da Bolívia e no sudeste do Peru, onde se encontram os seus principais afluentes. A elevação do nível do rio e seu transbordamento sobre áreas carentes de serviços adequados de saneamento básico favoreceram a proliferação dos mais diversos vetores e agentes patogênicos que ameaçam a saúde humana. Este trabalho analisou os riscos e a ocorrência de doenças associadas a enchentes e inundações em Porto Velho (RO), região Norte do Brasil, durante o período da cheia história do rio Madeira em 2014. A pesquisa se baseou em dados secundários sobre saúde obtidos junto ao Governo do Estado de Rondônia, secretarias e prefeitura municipal, Defesa Civil, boletins do Corpo de Bombeiros do Estado de Rondônia e da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (AGEVISA-RO), bem como informações do banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) na internet. Os resultados mostram visível crescimento dos casos de leptospirose durante o período das inundações, fato associado ao contato direto da população com a água contaminada e às carências de saneamento básico na região. Outras doenças, como dengue e malária, não apresentaram relação tão direta com o evento hidrometeorológico extremo.
ISSN:1980-1726
1980-1726
DOI:10.14393/Hygeia1130374