"Zonas de nao ser": mulheres negras sem-teto e deslocamento nos Estados Unidos/"Zones of Non-Being": Black Women, Homelessness and Displacement in the United States
As mulheres negras, silenciadas, invisíveis e pobres da classe trabalhadora lutam apenas para sobreviver em Austin, Texas, nos EUA. Este artigo argumenta que as experiências das mulheres negras sem-teto e a discriminação habitacional nos Estados Unidos indicam que a gentrificação não é apenas um pro...
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Veröffentlicht in: | Em pauta (Rio de Janeiro) 2020-12, Vol.18 (46), p.131 |
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Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | por |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | As mulheres negras, silenciadas, invisíveis e pobres da classe trabalhadora lutam apenas para sobreviver em Austin, Texas, nos EUA. Este artigo argumenta que as experiências das mulheres negras sem-teto e a discriminação habitacional nos Estados Unidos indicam que a gentrificação não é apenas um processo social limitante, mas também mortal. Existe uma relação nítida, porém implícita, entre gentrificação e supremacia branca patriarcal estrutural e interpessoal. Esse processo racializado de renovação da cidade também tem um gênero agudo. Existe uma relação dialética entre gentrificação e apagamento específico de mulheres negras do espaço público. Em nenhum lugar isso é mais evidente do que nas experiências das mulheres negras sem-teto. Essas mulheres em Austin ocupam uma "zona de não-ser", em que não têm direitos à cidade, ao espaço territorial doméstico e pouco ou nenhum ao acesso a serviços sociais. Palavras-chave: mulheres negras; sem-teto; discriminação habitacional; Estados Unidos; gentrificação. Silenced, invisible, and poor, working-class black women struggle just to survive in Austin, Texas, EUA. This article argues that Black women's experiences with homelessness and housing discrimination in the United States indicate that gentrification is not only a limiting social process but also a deadly one. There is a clear yet implicit relationship between gentrification and structural and interpersonal patriarchal white supremacy. This racialized process of "urban renewal" is also acutely gendered. There is a dialectical relationship between gentrification and the specific erasure of black women from public space. Nowhere is this more evident than with black women's experiences with homelessness. Black homeless women in Austin occupy a, "zone of nonbeing" in which they have no rights to the city, no territorial home space and little to no access to social services. Keywords: black women; homelessness; housing discrimination; United States; gentrification. |
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ISSN: | 2238-3786 |
DOI: | 10.12957/rep.2020.52017 |