A EXTINTA PUREZA: A IGREJA DA PAMPULHA E AS CAPELAS DE OURO PRETO

A Igreja da Pampulha, feita em Belo Horizonte em 1943, por Oscar Niemeyer, é reconhecida como marco das vanguardas arquitetônicas brasileiras. Seu programa religioso colocava-se como desafio para o arquiteto, pelo primado de símbolos e significados que remontavam ao passado colonial das catedrais e...

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Veröffentlicht in:Oculum ensaios 2019-05, Vol.16 (2), p.291
Hauptverfasser: Benoit, Alexandre, Frajndlich, Rafael Urano
Format: Artikel
Sprache:por
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Beschreibung
Zusammenfassung:A Igreja da Pampulha, feita em Belo Horizonte em 1943, por Oscar Niemeyer, é reconhecida como marco das vanguardas arquitetônicas brasileiras. Seu programa religioso colocava-se como desafio para o arquiteto, pelo primado de símbolos e significados que remontavam ao passado colonial das catedrais e capelas valorizadas pelos intelectuais modernistas, como Drummond de Andrade, Lucio Costa, Mário de Andrade. Entre os anos 1920 e 1930, é intenso o debate intelectual acerca da herança do barroco mineiro como portadora de uma força de atualização do presente que sintetizaria modernidade e identidade nacional. As capelas e arquiteturas de autoria não definida são contrapostas às monumentais criações de artífices notáveis, como Aleijadinho. Niemeyer não era alheio a este debate sobre como o passado colonial seria referenciado nas obras de vanguarda, preferindo na sua igreja construir correspondências tipológicas com as capelas de Ouro Preto e arredores construídas no século XVIII, problematizando, na arquitetura, questões da ordem do dia dos modernistas, no que tange a relação com o passado no presente.
ISSN:1519-7727
DOI:10.24220/2318-0919v16n2a4129