Violência nas relações homossexuais
Este ensaio teórico levantou o questionamento sobre a atuação do estado em relação a violência por parceiro íntimo (VPI) nas relações homossexuais. Tentamos mostrar que a categoria gênero por si só não dá conta de explicar VPI desse público, pois essa tem peculiaridades que são inerentes a experiênc...
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Veröffentlicht in: | Revista espaço acadêmico 2020-11, Vol.20 (225) |
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Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | por |
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Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | Este ensaio teórico levantou o questionamento sobre a atuação do estado em relação a violência por parceiro íntimo (VPI) nas relações homossexuais. Tentamos mostrar que a categoria gênero por si só não dá conta de explicar VPI desse público, pois essa tem peculiaridades que são inerentes a experiência de ser homossexual, onde sugerimos ser adequado o uso da interseccionalidade para pensar esse tipo de violência. Em um segundo momento, problematizamos os conceitos de biopolítica de Michel Foucault e necropolítica de Achille Mbembe para pensarmos como o Estado lida com esse fenômeno. Como resultados, entende-se que o Estado atua em uma linha tênue entre um deixar morrer e uma necropolítica em relação a VPI homossexual. O reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, apesar de ser uma conquista importante, não trouxe consigo políticas de VPI, culminando no despreparo dos profissionais do país em lidar com essa demanda e isso, aliado a homofobia e a discriminação revitimiza homossexuais que procuram auxílio formal para essa demanda. Vale ressaltar que esse status encontra apoio da sociedade baseada na heteronormatividade e no conservadorismo, que não legitima a diversidade de relações afetivo-sexuais. A falta de dados sobre a VPI homossexual é outro fator que não elucida o problema como tal. |
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ISSN: | 1519-6186 |