Sacubitril/valsartan: A practical guide

Renin-angiotensin-aldosterone system (RAAS) inhibitors are a cornerstone in the treatment of heart failure with reduced ejection fraction (HFrEF). Sacubitril/valsartan modulates the neurohormonal axis by inhibiting both angiotensin receptors and neprilysin, and improves neurohormonal balance more than blocking the RAAS alone. The PARADIGM-HF trial validated this new treatment option for patients with HFrEF. Sacubitril/valsartan was also more effective than enalapril in slowing disease progression by decreasing the risk of worsening heart failure requiring hospitalization or emergency admission and the need for intensified therapy, heart failure devices or cardiac transplantation. More than 70% of patients included in PARADIGM-HF were in NYHA class II, and overall, the results indicate that sacubitril/valsartan should be started in the earliest symptomatic stages of the disease. As PARADIGM-HF has excellent robustness for a cardiovascular trial, sacubitril/valsartan has been included as a new treatment option with a strong level of recommendation in the main international guidelines. This expert task force proposes a practical guide to the use of this new drug that has been endorsed by the Working Group on Heart Failure of the Portuguese Society of Cardiology. Os inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona são uma das pedras basilares no tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. O sacubitril/valsartan promove a modulação neuro-hormonal, bloqueando os recetores da angiotensina e inibindo a neprilisina, e produz um maior equilíbrio neuro-hormonal, mais do que o bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona isoladamente. O estudo PARADIGM-HF validou essa nova opção para o tratamento de doentes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção reduzida, em alternativa ao IECA/ARA. O sacubitril/valsartan demonstrou ser mais eficaz do que o enalapril em retardar a progressão da doença, diminuindo o risco de agravamento da insuficiência cardíaca através da diminuição da necessidade de hospitalização e da menor necessidade de intensificação terapêutica, dispositivos ou transplante cardíaco. Mais de 70% dos doentes incluídos no estudo PARADIGM-HF estavam em classe II da NYHA, suportando a utilização do sacubitril/valsartan precocemente após o início dos sintomas. Como o estudo PARADIGM-HF apresentou uma robustez sem precedentes para um estudo cardiovascular, o sacubitril/valsartan foi incluído como uma nova opção de tratamento n