A representação do espaço ficcional no conto fantástico “As flores”, de Augusta Faro

A literatura de autoria feminina que tematiza o insólito tem se tornado mais frequente na contemporaneidade. Uma autora que escreveu contos insólitos é Augusta Faro, em cuja obra A friagem (1999) encontra-se o conto “As flores”, objeto deste estudo. Após realizar algumas considerações sobre o fantástico, fundamentadas, principalmente, em Todorov (2004) e Roas (2014), são abordados conceitos relativos ao neofantástico, bem como a caracterização do espaço ficcional em Furtado (1980). A partir desse arcabouço, são investigados aspectos que organizam o espaço narrativo no conto “As flores”, evidenciando a relevância desse elemento na estrutura do conto fantástico em estudo. Supernatural literature written by women has become increasingly prevalent in contemporary times. Augusta Faro, known for her supernatural short stories, includes one such tale, “As Flores” (“The Flowers”), in her book A Friagem (The Chill) (1999), which is the focus of this study. Following an initial theoretical section on fantastic literature, drawing primarily on Todorov (2004) and Roas (2014), this paper explores concepts related to the neofantastic genre and the representation of space in such literature, as proposed by Furtado (1980). Building on this theoretical foundation, the paper then examines the literary space in “As Flores,” demonstrating its significance within the structure of the fantastic short story.