Cinema queer brasileiro ou as veias abertas da política da imagem
Proponho, neste ensaio, refletir sobre como alguns filmes queer brasileiros contemporâneos nos levam a deixar de lado as perspectivas logocêntricas ocidentais e as políticas de representação a fim de compreender os cinemas queer enquanto operações da política da imagem. Aproprio-me, então, da ideia...
Gespeichert in:
Veröffentlicht in: | Rebeca (São Paulo, Brazil) Brazil), 2020-12, Vol.9 (2), p.141-157 |
---|---|
1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
Tags: |
Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
|
Zusammenfassung: | Proponho, neste ensaio, refletir sobre como alguns filmes queer brasileiros contemporâneos nos levam a deixar de lado as perspectivas logocêntricas ocidentais e as políticas de representação a fim de compreender os cinemas queer enquanto operações da política da imagem. Aproprio-me, então, da ideia de política da imagem do historiador e filósofo Jacques Rancière para sugerir que: 1) a política em filmes queer é possível de ser verificada, sobretudo, na sua eficácia estética de cunho dissensual; 2) as relações entre estética e política, engendradas por filmes queer contemporâneos, se desvencilham do paradigma de “cinema político” que nos foi herdado do cinema brasileiro moderno, mais especificamente do Cinema novo; e 3), a produção contemporânea de filmes queer nacionais constituem uma cena polêmica que provoca um dano no visível e no dizível das cenas consensuais, as quais, durante muito tempo, enquadraram “o Brasil” a partir de uma macropolítica situadamente branca, cisgênera, heterossexual e de classe média. |
---|---|
ISSN: | 2316-9230 2316-9230 |
DOI: | 10.22475/rebeca.v9n2.685 |