Filosofar sem metafísica? Dos "Suplementos" aos "Parerga"

Uma interpretação disseminada entre os estudiosos afirma que nas obras de maturidade (Suplementos e Parerga) Schopenhauer teria reduzido seu empenho em sustentar o sistema metafísico, tal como exposto em O mundo como vontade e representação, em favor de uma filosofia voltada principalmente à fenomen...

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Veröffentlicht in:Voluntas 2018-07, Vol.9 (1), p.109
1. Verfasser: Segala, Marco
Format: Artikel
Sprache:eng ; ger
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Beschreibung
Zusammenfassung:Uma interpretação disseminada entre os estudiosos afirma que nas obras de maturidade (Suplementos e Parerga) Schopenhauer teria reduzido seu empenho em sustentar o sistema metafísico, tal como exposto em O mundo como vontade e representação, em favor de uma filosofia voltada principalmente à fenomenalidade. Isso resultaria em uma filosofia menos aporética e mais atraente para os leitores não acadêmicos, que, de fato, premiaram com o sucesso a sua obra madura (Parerga e Paralipomena). O presente ensaio procura mostrar que, pelo contrário, o tema metafísico e a abordagem sistemática jamais são diminuídos em Schopenhauer. Não se trata de um filosofar sem metafísica, mas de uma reflexão cada vez mais atenta seja à complexidade do mundo (natural e humano) seja à crescente importância e autonomia do conhecimento científico em relação à investigação filosófica. E justamente o diálogo cada vez mais estreito com as ciências leva Schopenhauer a remodelar o sistema e o discurso metafísicos, em um filosofar inovador em relação à tradição clássica pós-kantiana e ao seu próprio posicionamento de 1819, capaz de atrair inteiras gerações de leitores.
ISSN:2179-3786
2179-3786
DOI:10.5902/2179378633552