Gomes, M. (realizador) (2012). Tabu [filme]. Portugal: O Som e a Fúria
No início de Tabu, o intrépido explorador, como descreve o voz-off narrativo, “melancólica criatura que, sob chuva e sol escaldante, percorre há longos meses selvas e sertões”, é uma das figuras centrais do Prólogo, primeiro segmento do filme, um quadro que remonta à África colonial de expe...
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Veröffentlicht in: | Vista (Lisboa) 2019-12 (5), p.209-213 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | No início de Tabu, o intrépido explorador, como descreve o voz-off narrativo, “melancólica criatura que, sob chuva e sol escaldante, percorre há longos meses selvas e sertões”, é uma das figuras centrais do Prólogo, primeiro segmento do filme, um quadro que remonta à África colonial de expedições e aventuras. O intrépido explorador vê-se acompanhado pelo seu séquito de escravos, deambulando por savanas e selvas e cruzando-se com estranhas figuras que lhe parecem anunciar o seu fatídico devir. Porém, o que nos parecia a início uma sucessão de imagens organizadas numa lógica pitoresca decalcada da visão imperial eurocêntrica, transfigura-se gradualmente num mundo enigmático que parece ter renunciado a uma categorização temporal. A dama de outros tempos, como é chamada, e o crocodilo que a acompanha, “inseparável par que um misterioso pacto uniu e que a morte não pôde quebrar”, integram essas reminiscências perenes que o presente não apagou, mas, ao invés, transporta no seu enredo profuso, umbilicalmente ligado ao passado. |
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ISSN: | 2184-1284 2184-1284 |
DOI: | 10.21814/vista.3047 |