As diversas faces da morte de crianças na perspectiva de médicos e enfermeiros
Introdução: Adoecimento e morte de crianças são eventos pouco aceitos na sociedade. Objetivo: Analisar a percepção de médicos e enfermeiros de terapia intensiva sobre a morte de crianças. Métodos: Estudo de abordagem qualitativa, com médicos e enfermeiros de três Unidades de Terapia Intensiva (UTI P...
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Veröffentlicht in: | Medicina (Sao Paulo. 197?) 2021-10, Vol.54 (2) |
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Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | Introdução: Adoecimento e morte de crianças são eventos pouco aceitos na sociedade. Objetivo: Analisar a percepção de médicos e enfermeiros de terapia intensiva sobre a morte de crianças. Métodos: Estudo de abordagem qualitativa, com médicos e enfermeiros de três Unidades de Terapia Intensiva (UTI Pediátrica, UTI Neonatal e UTI Cardiológica) de um hospital de ensino. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas gravadas, transcritas e analisadas segundo análise de conteúdo na modalidade temática. Resultados: Foram entrevistados 14 profissionais, com idade entre 28-53 anos, que possuíam tempo mínimo de dois anos de atuação em terapia intensiva e média de 43 horas semanais de trabalho. Os sentimentos e atitudes diante da morte emergiram da análise das falas e foram categorizados nos seguintes temas: percepção da morte na infância, obstinação terapêutica e sofrimento no encontro com as famílias. Os profissionais reconheceram lacunas na formação durante a graduação e pós-graduação para lidar com a morte de crianças. Sofrimento, ansiedade, culpa, frustração e impotência foram relatados, demonstrando a complexidade que envolve situações de morte de criança. A condição clínica e a capacidade de interação da criança influenciaram nas atitudes e na própria maneira do profissional lidar com a morte. A espiritualidade foi um importante mecanismo de enfrentamento. Conclusão: A morte de crianças em UTI provoca sentimentos ambivalentes em médicos e enfermeiros responsáveis pelo seu cuidado. Os profissionais sofrem pela morte de alguém que ainda não desfrutou da vida, porém a aceitam quando pensam no fim de uma vida marcada por sofrimentos e limitações impostos pela doença. O contato com o tema morte durante a formação profissional e nas discussões regulares dos serviços podem auxiliar na forma de lidar com esse evento. A espiritualidade foi um importante recurso de enfrentamento. |
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ISSN: | 0076-6046 2176-7262 |
DOI: | 10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2021.167273 |