Polícias em Saúde: quem tem medo de usuários de drogas?

Este artigo trata de problematizar a questão das políticas de saúde que vem sendo dirigidas atualmente no Brasil, especialmente a uma população pobre e usuária de drogas. O texto parte de análise das principais legislações sobre as políticas de combate ao uso de drogas no país e tem como referencial...

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Veröffentlicht in:Revista Polis e Psique 2019-07, Vol.3 (3), p.106
Hauptverfasser: Scisleski, Andrea Cristina Coelho, Silva, Jhon Lennon Caldeira da, Galeano, Giovana Barbieri, Caetano, Carla Lavarda Concentino, Bruno, Bruna Soares
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:Este artigo trata de problematizar a questão das políticas de saúde que vem sendo dirigidas atualmente no Brasil, especialmente a uma população pobre e usuária de drogas. O texto parte de análise das principais legislações sobre as políticas de combate ao uso de drogas no país e tem como referencial teórico principal os trabalhos de Michel Foucault e Löic Wacquant. Este estudo aponta que as atuais políticas brasileiras voltadas para a população usuária de droga promove uma profunda distinção entre os perfis de usuários a partir de critérios sociais e econômicos, revelando uma dissociação entre aqueles que receberão atendimento de saúde e aqueles que serão alvo das políticas de segurança, ainda que sob o nome de uma proteção social. Conclui-se que as políticas de saúde quando dirigidas à população pobre e usuária de drogas operam, na prática, como polícias, no sentido de funcionar como um dispositivo de vigilância dos pobres.
ISSN:2238-152X
2238-152X
DOI:10.22456/2238-152X.42333