Ácido acetilsalicílico na prevenção da pré-eclâmpsia: uma revisão baseada na evidência

Objetivo: Rever a evidência atual sobre o efeito do ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção da pré-eclâmpsia. Fontes de dados: MEDLINE e sítios de medicina baseada na evidência. Métodos de revisão: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC),...

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Veröffentlicht in:Revista portuguesa de medicina geral e familiar 2017-04, Vol.33 (2), p.118-132
Hauptverfasser: Ferreira, Sara Santos, Martins, Ana Carolina, Magalhães, Ana Cláudia, Martins, Hélder
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Beschreibung
Zusammenfassung:Objetivo: Rever a evidência atual sobre o efeito do ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção da pré-eclâmpsia. Fontes de dados: MEDLINE e sítios de medicina baseada na evidência. Métodos de revisão: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC), revisões sistemáticas (RS) e meta-análises (MA), publicados entre 13/11/2005 e 13/11/2015, utilizando os termos MESH ‘pre-eclampsia' e ‘aspirin' e os termos DeCS ‘pre-eclâmpsia' e ‘aspirina'. Para atribuição do nível de evidência (NE) e força de recomendação (FR) foi utilizada a Strenght of Recommendation Taxonomy, da American Academy of Family Physicians. Resultados: Foram selecionados 14 de entre 296 artigos encontrados: sete MA, três RS, três NOC e um ECAC. Globalmente, as RS e MA demonstram o benefício do AAS na prevenção da pré-eclâmpsia, principalmente em mulheres de alto risco. Apenas uma RS com NE 2 não encontrou evidência para suportar o uso desta profilaxia nas mulheres em risco de pré-eclâmpsia. Os estudos que analisam separadamente as mulheres de baixo risco na população-alvo verificaram uma ausência de benefício do AAS neste grupo de mulheres. As NOC recomendam o uso de AAS na prevenção da pré-eclâmpsia em mulheres de alto risco, desaconselhando o seu uso nas mulheres de baixo risco. O ECAC faz a mesma recomendação relativamente às mulheres de alto risco. Conclusões: A evidência disponível indica que o AAS em baixa dose tem benefício quando usado como medicação preventiva nas mulheres em risco de pré-eclâmpsia, com evidência clara do seu benefício nas mulheres de alto risco (FR A), sendo desaconselhado o seu uso em mulheres de baixo risco (FR A). Existe ainda necessidade de mais estudos de elevada qualidade, de metodologia homogénea e amostras relevantes que suportem esta evidência.
ISSN:2182-5173
2182-5181
DOI:10.32385/rpmgf.v33i2.12040