Cinética de degradação ruminal in vitro de dietas contendo diferentes níveis de torta de crambe pela técnica de produção de gás

O objetivo foi avaliar a cinética de degradação ruminal in vitro de dietas contendo diferentes níveis de proteína da torta de crambe em substituição à proteína do farelo de algodão pela técnica de produção cumulativa de gases. Foram avaliados os alimentos e as dietas contendo diferentes níveis de torta de crambe (0, 250, 500, 750 e 1000 g kg-1). No fracionamento de proteínas foi observado que o farelo de algodão e a torta de crambe apresentam a maior parte dos compostos nitrogenados na fração de proteínas rapidamente degradáveis no rúmen, entretanto, a torta de crambe apresentou a maior fração A e a menor fração B3 quando comparada ao farelo de algodão. As dietas experimentais, apresentaram elevadas proporções de frações “A” e B1+B2. No fracionamento de carboidratos, a torta de crambe apresentou valor inferior da fração A+B1 e superior da fração C quando comparado ao farelo de algodão. A torta de crambe apresentou valores de carboidratos potencialmente degradáveis, superior aos do farelo de algodão. As dietas apresentaram poucas variações nas frações de carboidratos rapidamente degradáveis e na fração de degradação lenta. Observou-se uma diminuição da fração A1+B1 com o aumento dos níveis de torta de crambe em substituição à proteína do farelo de algodão. Observou-se homogeneidade na produção cumulativa de gases durante a incubação in vitro das dietas em função do tempo de incubação. Após 144 horas de incubação, a dieta contendo 1000 g kg-1 de torta de crambe apresentou o maior volume final da produção cumulativa de gases e a ração com 250 g kg-1, o menor volume. O volume final de gases produzidos pela fermentação dos carboidratos fibrosos apresentou efeito linear decrescente (P0,05). A utilização de proteína da torta de crambe em substituição à proteína do farelo de algodão não influencia a cinética de degradação de carboidratos e proteínas no rúmen, promovendo melhor disponibilidade na dieta. Assim como, não interfere na cinética de fermentação ruminal in vitro dos carboidratos não fibrosos.