LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA: AVALIAÇÃO CLÍNICA E MOLECULAR DE UMA COORTE HISTÓRICA DO INCA (2000-2023)

A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma doença heterogênea e agressiva com taxa de sobrevida global em 5 anos de 31,9% relatada em dados de registro norte-americano. A classificação da LMA pela Organização Mundial da Saúde, pela European Leukemia Net e pelo Consenso Internacional foi atualizada em 202...

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Veröffentlicht in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Transfusion and Cell Therapy, 2024-10, Vol.46, p.S413-S414
Hauptverfasser: Costa, JB, Teles, JA, Vianna, DT, Zalcberg, IR, Gutiyama, LM, Aragão, JSR, Monte-Mór, BCR
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma doença heterogênea e agressiva com taxa de sobrevida global em 5 anos de 31,9% relatada em dados de registro norte-americano. A classificação da LMA pela Organização Mundial da Saúde, pela European Leukemia Net e pelo Consenso Internacional foi atualizada em 2022 para revisar critérios diagnósticos, estratificação de risco e diretrizes de tratamento. Estima-se que mais de 90% das LMAs possam ser classificadas com base em marcadores genético-moleculares, que podem estar associados a características clínico-patológicas distintas. No entanto, as principais diretrizes de caracterização e tratamento da LMA foram geradas a partir de grandes coortes de pacientes caucasianos. A população brasileira tem uma das constituições genéticas mais heterogêneas do mundo e, que podem influenciar nos perfis clínicos e genômicos da LMA. Neste estudo, analisamos retrospectivamente uma coorte histórica de adultos com LMA recém diagnosticados, atendidos no serviço de hematologia do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2000-2023. O projeto encontra-se aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa. Foram obtidos dados clínicos e laboratoriais dos pacientes por revisão de prontuário eletrônico e registros do Laboratório de Biologia Molecular. No total, 377 pacientes acima de 18 anos foram estudados. Dentre estes, 52 casos de leucemia promielocítica aguda (LPA) foram identificados por meio da detecção da translocação t(15;17)(q22;q21) ou por amplificação do gene de fusão PML::RARa. Na análise dos 325 pacientes com LMA não LPA foram identificados 111 (34%) casos de LMA de novo, 36 (11%) de LMA secundária a tratamento, 75 (23%) de LMA com alterações relacionadas a mielodisplasia, 11 (3,4%) de transformação de mielofibrose primária e 28,5% (92) dos casos não tiveram o status definido. A distribuição entre homens e mulheres foi equilibrada. A mediana de idade ao diagnóstico foi de 53 anos, variando de 18 a 88 anos. Ao diagnóstico, a mediana de leucócitos foi de 27.465/μL (184- 498.310), de plaquetas foi de 41.000/μL (1.000 - 753.000) e do percentual de blastos foi 65% (3% - 100%). Na avaliação citogenética, 49% (92/188) apresentaram cariótipo normal e 19,5% (37/188) apresentaram alterações citogenéticas de alto risco. Quanto aos genes de fusão, 7,5% (12/160) apresentaram RUNX1::RUNX1T1,13,6% (22/162) CBFB::MYH11 e nenhum paciente apresentou BCR::ABL. O perfil mutacional mostrou que 20% (17/85) dos pacientes apresentaram mutação em NPM1 e 30,8% (28/91
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.696