Indexicalidade, poder e metapragmáticas da viadagem: dispositivo gaydar
RESUMO: Este artigo objetiva discutir o gaydar enquanto exercício de poder, tomando como base o conceito de dispositivo por Foucault (2014) e Agamben (2005). Não parto da premissa de que seja possível identificar a sexualidade dos sujeitos como Rule (2011) e Sulpizio et al. (2020). Ao contrário, inv...
Gespeichert in:
Veröffentlicht in: | Revista Brasileira de Linguística Aplicada 2022-10, Vol.22 (4), p.1036-1070 |
---|---|
1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
Tags: |
Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
|
Zusammenfassung: | RESUMO: Este artigo objetiva discutir o gaydar enquanto exercício de poder, tomando como base o conceito de dispositivo por Foucault (2014) e Agamben (2005). Não parto da premissa de que seja possível identificar a sexualidade dos sujeitos como Rule (2011) e Sulpizio et al. (2020). Ao contrário, investigo o gaydar como um dispositivo histórico utilizado para o exercício do poder, do saber. Para isso, analiso um comercial de uma companhia de seguro: Adão e Eva no paraíso. Primeiramente, relaciono o gaydar às concepções de performatividade de gênero e de sexualidade. Em seguida, discuto como o perfilamento linguístico ( BAUGH, 2003) e a indexicalidade ( SILVERSTEIN, 2003) atuam como técnicas de poder investidas por este dispositivo. Por fim, aponto como as metapragmáticas ( SIGNORINI, 2008) são relevantes para compreender o uso do gaydar ao analisar um comercial de seguros que culmina na apresentação de diversos dispositivos para seu domínio.
ABSTRACT: This article aims to discuss the gaydar as an exercise of power, based on the concept of apparatus by Foucault (2014) and Agamben (2005). I do not suppose that is possible to identify one’s sexuality like Rule (2011) e Sulpizio et al. (2020) do. On the contrary, I investigate the gaydar as a historical apparatus used to exert power, knowledge. To do so I analyse a commercial of an insurance company named Adam and Eve. Firstly, I relate gaydar to the performative conceptions of gender and sexuality. Secondly, I discuss how linguistic profiling ( BAUGH, 2003) and indexicality ( SILVERSTEIN, 2003) act as power techniques invested by this device. Finally, I point out how metapragmatics ( SIGNORINI, 2008) are relevant to understanding the use of gaydar when analyzing an insurance commercial ending with the presentation of several apparatus for its control. |
---|---|
ISSN: | 1984-6398 1676-0786 1984-6398 |
DOI: | 10.1590/1984-6398202218335 |