Práticas translíngues como instrumento decolonial para alargar gretas
RESUMO Diante das modificações advindas da legislação sobre a educação de surdos no Brasil, ressalta-se a necessidade de propostas desencapsuladoras e decoloniais para a formação desses sujeitos. Essas propostas apontam outras formas de compreender o processo de ensino-aprendizagem para que a luta d...
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Veröffentlicht in: | Revista de documentação de estudos em lingüística teórica e aplicada 2023, Vol.39 (1), p.1 |
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Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | RESUMO Diante das modificações advindas da legislação sobre a educação de surdos no Brasil, ressalta-se a necessidade de propostas desencapsuladoras e decoloniais para a formação desses sujeitos. Essas propostas apontam outras formas de compreender o processo de ensino-aprendizagem para que a luta da comunidade surda e as conquistas anteriores sejam estabelecidas. Este artigo objetiva colaborar para o erguer da voz (hooks, 2019) dos sujeitos surdos, mostrando como podem ser agentes formadores em uma perspectiva de translinguagem (Garcia, 2017). O contexto são as formações do Programa Digitmed da PUC-SP, nas quais um grupo de pesquisadores, educadores e alunos (surdos e ouvintes) se reúne para elaborar propostas para transpor as desigualdades sociais. Nesse sentido, precisam ter suas vozes erguidas, valorizadas e empoderadas para superar tais desigualdades. As práticas translíngues (Swanwick, 2017), utilizadas em todo o processo, mostram como os agentes surdos e ouvintes podem ser formadores em um movimento insurgente (Walsh, 2019). A translinguagem se materializa como um instrumento usado pelos participantes para romperem barreiras e alargarem fissuras visando expandir suas condições decoloniais de coexistir.
ABSTRACT In view of the changes arising from the legislation in the education of deaf people in Brazil, the need for decolonizing and de-encapsulated proposals are needed (Liberali, 2015) for the education of these subjects. These proposals point to other ways of understanding the teaching-learning process, so that the struggle of the deaf community and earlier achievements can be established and guaranteed. This article aims to collaborate to the talking back (hooks, 2019) of deaf subjects, showing how they can beagents in a trans-language perspective (Garcia, 2017). The context is the education of the Digitmed Program at PUC-SP, in which a group of researchers, educators, and (deaf and hearing) students meet to elaborate proposals to overcome social inequalities. In this sense, they need to have their voices raised, valued and empowered to overcome such inequalities. Translingual practices (Swanwick, 2017), used throughout the process, show how deaf and hearing agents can be educators in an insurgent movement (Walsh, 2019). Trans-language appears as an instrument used by the participants to break down barriers and widen fissures to expand their decolonial conditions of coexistence. |
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ISSN: | 0102-4450 1678-460X 1678-460X |
DOI: | 10.1590/1678-460x202359765 |