PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IGG ANTI-SARS-COV-2 EM POPULAÇÕES INDÍGENAS DO ESTADO DO PARÁ

A pandemia ocasionada pelo SARS-CoV-2, agente causal da COVID-19, desencadeou uma série de consequências de saúde global, chamando a atenção das organizações de saúde principalmente para o impacto nas populações mais vulneráveis. Com a chegada do novo coronavírus na Amazônia, os povos indígenas do e...

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Veröffentlicht in:The Brazilian journal of infectious diseases 2022-01, Vol.26, p.101712
Hauptverfasser: Lima, Carlos Neandro Cordeiro, Abreu, Isabella Nogueira, de Figueiredo, Leonardo Gabriel C.P., Lopes, Felipe Teixeira, Torres, Maria Karoliny da Silva, Lima, Aline Cecy Rocha, Pereira, Keise Adrielle Santos, Cintra dos Santos, Bernardo, dos Santos Brito, Wandrey Roberto, Sacuena, Eliene Rodrigues Putira, Freitas, Vanessa de Oliveira, Guerreiro, João Farias, Vallinoto, Izaura Maria Vieira Cayres, Vallinoto, Antonio Carlos R.
Format: Artikel
Sprache:eng
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Zusammenfassung:A pandemia ocasionada pelo SARS-CoV-2, agente causal da COVID-19, desencadeou uma série de consequências de saúde global, chamando a atenção das organizações de saúde principalmente para o impacto nas populações mais vulneráveis. Com a chegada do novo coronavírus na Amazônia, os povos indígenas do estado do Pará foram os grupos populacionais que mais necessitaram uma atenção específica, pois são mais vulneráveis do ponto de vista social, econômico e biológico. O objetivo deste trabalho foi investigar a prevalência de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 (S1 e S2), em populações indígenas do Estado do Pará. Foram analisados um total de 532 indígenas das etnias Kayapó (401), Tembé (56), e Amanayé (75), sendo 235 homens (44.17%), 273 mulheres (51.32%) e 24 (4.51%) sem informação de gênero, com idade média de 30 anos. Amostra de sangue (5 mL) foi obtida de cada indivíduo e o plasma foi submetido a pesquisa de anticorpo IgG anti-SARS-CoV-2 utilizando-se o imunoenzimático ELISA (Euroimmun, USA). 433 indivíduos foram reagentes (81.39%), 75 não reagentes (14.10%) e 24 indeterminados (4.51%). A prevalência por etnia foi de: 87.78% nos Kayapó, 51.79% nos Tembé e 69.33% nos Amanayé. A prevalência entre os sexos foi de 35.53 % nos homens e 42.11% nas mulheres. Os resultados indicam, que as etnias Tembé, Amanayé e Kayapó tem alta prevalência de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 que podem ser decorrentes de infecção natural ou fruto da campanha de imunização. Esses resultados reforçam a necessidade da manutenção da vigilância imunológica dessas populações como forma de prevenção de novas ondas epidêmicas de COVID-19 nas aldeias. CNPQ/MS/MCTI-401235/2020-3.
ISSN:1413-8670
1678-4391
DOI:10.1016/j.bjid.2021.101712