VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS CONFIRMADOS DE COVID-19 NA REGIÃO MACRO NORTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (BRASIL) COMO RESPOSTA AOS DESAFIOS DA INFECTOLOGIA EM TEMPOS PANDÊMICOS

A partir do início da epidemia de SARS-CoV-2 no Brasil, em fevereiro de 2020, vários desafios foram impostos à Infectologia, exigindo ações que impactassem nos indicadores de morbimortalidade. A vigilância epidemiológica, acompanhamento e análise dos casos de Covid-19, foi fundamental para fornecer...

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Veröffentlicht in:The Brazilian journal of infectious diseases 2022-01, Vol.26, p.102087
Hauptverfasser: Barbosa, Gilberto da Luz, da Silva, Jeferson da Silva, de Oliveira, Eduarda Alves, Omizzolo, Vinícius Grasselli, Marcante, Arthur Vinicius, Barbosa, Luiza Martins, Graeff, Daniela Bertol, Barelli, Cristiane, Zilli, Julcemar Bruno, Simoni, Luísa
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A partir do início da epidemia de SARS-CoV-2 no Brasil, em fevereiro de 2020, vários desafios foram impostos à Infectologia, exigindo ações que impactassem nos indicadores de morbimortalidade. A vigilância epidemiológica, acompanhamento e análise dos casos de Covid-19, foi fundamental para fornecer informações oportunas e qualificadas aos gestores das instituições de saúde no enfrentamento da pandemia. O objetivo deste estudo foi traçar o perfil dos indivíduos infectados pela Sars-Cov-2 na região Macro Norte do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Estudo transversal, com dados secundários da Secretaria de Saúde do (informações de domínio público). A Macro Norte é composta por 3 regiões: Passo Fundo, Erechim e Palmeira das Missões, totalizando uma população de 1,2 milhão. Foram incluídos os casos confirmados de Covid-19 nessas regiões, no período de 01/03/2020 a 15/06/2021, e analisados por parâmetros de estatística descritiva e inferencial. Foram analisados 155.902 casos de Covid-19 na região Macro Norte, a maioria na região Passo Fundo (n = 92.459; 59,3%), seguido por Palmeira da Missões (n = 38.468; 24,7%) e Erechim (n = 24.975; 16,0%). Os casos concentraram-se na faixa etária de 20 a 59 anos (n = 114.639; 73,6%), possivelmente por ser a faixa etária economicamente ativa e mais exposta ao contágio. A infecção foi mais comum no sexo feminino (n = 83.542; 53,6%) e em indivíduos de brancos (n = 131.817; 92,7%). As comorbidades ocorreram em 15.131 (9,7%) casos, destes 9.689 (64,0%) com apenas uma comorbidade e 5.340 (35,9%) entre 2 e 5 comorbidades. As comorbidades mais frequentes foram: doenças cardiovasculares (7.472; 32,9%), diabetes mellitus (4.865; 21,4%), doenças respiratórias (2.294; 10,1%) e obesidade (2.162; 9,5%). Quanto aos desfechos, 11.822 (7,6%) dos casos evoluíram com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 2.808 (1,8%) foram a óbito, que ocorreram a partir da faixa etária de 15 a 19 anos com uma taxa de letalidade de 0,1% (n = 5), aumentando com o avanço da idade e chegando a uma letalidade de 18,9% (n = 650) em pessoas acima de 80 anos (p ≤ 0,001). A maior ocorrência dos casos na faixa etária economicamente ativa acarretou impactos econômicos na região Macro Norte do RS. Destaca-se a frequência das comorbidades e a letalidade nos mais idosos, e reforça a necessidade de estratégias regionais mais eficazes no controle de contaminação por meio da vigilância das infecções e desfechos da doença.
ISSN:1413-8670
1678-4391
DOI:10.1016/j.bjid.2021.102087