Uma “engraçada e redonda Anna”: a devoção a Santana e o modelo de feminilidade virtuosa nas Minas coloniais (1720-1820)
A observação da abundância de imagens esculpidas de Santa Ana em Minas Gerais datadas entre os séculos XVIII e XIX instigou a pesquisa da qual este artigo resulta e cujo objetivo inicial era identificar os agentes e os motivos da ampla difusão dessa devoção em terras mineiras. Partindo de uma perspe...
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Veröffentlicht in: | Revista de História (São Paulo) 2023 (182), p.1-39 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | por |
Schlagworte: | |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | A observação da abundância de imagens esculpidas de Santa Ana em Minas Gerais datadas entre os séculos XVIII e XIX instigou a pesquisa da qual este artigo resulta e cujo objetivo inicial era identificar os agentes e os motivos da ampla difusão dessa devoção em terras mineiras. Partindo de uma perspectiva da História da Arte, um grupo de aproximadamente 200 imagens foi analisado em termos de fatura, tipologia e iconografia, e os resultados dessa análise foram confrontados com dados provenientes de diferentes áreas do conhecimento. Contra o pano de fundo patriarcal dominante, observou-se que as representações de Santa Ana se tornaram um modelo simbólico de feminilidade para uma burguesia que desejava construir sua imagem e legitimidade. Esse modelo, contudo, acabou por percorrer em profundidade os diferentes extratos sociais, que dele se apropriaram diferentemente.
The observation of the abundance of Saint Anne’s sculpted imagery in Minas Gerais dated between the 18th and 19th centuries instigated the research from which this article results and whose initial aim was to identify the agents and the reasons for the wide diffusion of this devotion in Minas Gerais. Departing from an art history perspective, a group of approximately 200 images was analyzed in terms of its craftsmanship, typology, and iconography, and the results of this analysis were confronted with data from different areas of knowledge. Against the dominant patriarchal backdrop, it was observed that the representations of Saint Anne became a symbolic model of femininity for a bourgeoisie that wished to build its image and legitimacy. This model, however, ended up crossing in depth the different social strata, which appropriated it differently. |
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ISSN: | 0034-8309 2316-9141 2316-9141 |
DOI: | 10.11606/issn.2316-9141.rh.2023.200151 |