UM “MODO FEMININO” DE PRODUZIR E ENSINAR TEOLOGIA: A DIFERENÇA COMO PROJETO POLÍTICO DE SUBJETIVAÇÃO E AGENCIAMENTO

RESUMO: Ao longo dos séculos, a tarefa de produzir e ensinar teologia tem sido uma atribuição exclusiva dos sujeitos masculinos, cujos agentes construíram discursos que desqualificaram o feminino para tais ações. A partir da década de 1970, impulsionadas pelas transformações socioculturais e institu...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Educação & sociedade 2018-04, Vol.39 (143), p.283-300
1. Verfasser: Furlin, Neiva
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
Schlagworte:
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
Beschreibung
Zusammenfassung:RESUMO: Ao longo dos séculos, a tarefa de produzir e ensinar teologia tem sido uma atribuição exclusiva dos sujeitos masculinos, cujos agentes construíram discursos que desqualificaram o feminino para tais ações. A partir da década de 1970, impulsionadas pelas transformações socioculturais e institucionais, as mulheres começaram a se inserir neste campo de saber. Contudo, a área acadêmica da teologia continua sendo um reduto do sujeito masculino, o que exige das mulheres a construção contínua de estratégias para se legitimarem sujeitos de saber. Este trabalho evidencia como as docentes de teologia fazem da ação de ensinar e produzir saber uma estratégia política de afirmação positiva da diferença, no processo de tornarem-se sujeitos femininos, em um lugar historicamente estruturado como não inteligível para elas. O estudo toma por base as narrativas sobre a experiência de ensinar e produzir teologia de 14 docentes, que atuam em três instituições católicas. ABSTRACT: Over the centuries, producing and teaching theology has been exclusively the task of men, whose agents have constructed discourses that have disqualified women in this regard. Beginning in the 1970s, driven by sociocultural and institutional transformations, women started to insert themselves into this field of knowledge. However, the academic area of theology continues to be a male stronghold, requiring women to continually construct strategies to legitimize themselves as knowledgeable. This work shows how women theology teachers make teaching and producing knowledge a political strategy of the positive affirmation of difference in the process of becoming women in a place historically structured to be unintelligible to them. The study is based on the accounts of teaching and producing theology of 14 teachers from three Catholic institutions. RÉSUMÉ: Au cours des siècles, la tâche de produire et d'enseigner la théologie a été une attribution exclusive des sujets masculins, dont les agents ont construit des discours qui disqualifiaient le genre féminin pour telles actions. À partir des années 1970, les femmes, poussés par des transformations socioculturelles et institutionnelles, ont commencé à entrer dans cette domaine de connaissance. Cependant, le champ académique de la théologie reste un bastion du sujet masculin, qui oblige les femmes à construire continuellement des stratégies pour se légitimer comme sujets de la connaissance. Ce travail montre comment les professeurs de théologie pratique
ISSN:0101-7330
1678-4626
1678-4626
DOI:10.1590/es0101-73302018186489