Avaliação da toxicidade de herbicidas usados em cana-de-açúcar para o Paulistinha (Danio rerio)

Na natureza, os organismos são constantemente expostos a mais de um agente tóxico e, apesar do fenômeno de interações químicas ser conhecido há tempos, são poucos os estudos realizados que privilegiam a observação dos efeitos decorrentes da exposição a duas ou mais substâncias. O objetivo deste trab...

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Veröffentlicht in:Mundo da saúde (1995) 2014-01, Vol.38 (1)
Hauptverfasser: Gabrielli Aparecida Sanches Tesolin, Marina Menezes Marson, Claudio Martín Jonsson, António José Arsénia Nogueira, Daniel Andrade de Siqueira Franco, Sydnei Dionísio Batista de Almeida, Marcus Barifouse Matallo, Monica Accaui Marcondes de Moura
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:Na natureza, os organismos são constantemente expostos a mais de um agente tóxico e, apesar do fenômeno de interações químicas ser conhecido há tempos, são poucos os estudos realizados que privilegiam a observação dos efeitos decorrentes da exposição a duas ou mais substâncias. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito combinado da mistura dos herbicidas Gesapax 500® (ametrina 500 g/L) e Velpar K® (diuron 468 g/kg + hexazinone 132 g/kg) sobre o paulistinha (Danio rerio). O ensaio foi baseado no teste FET da OECD, com duração de 96 horas. As concentrações testadas foram 0, 21,22, 29,52, 41,08, 57,17 e 79,56 mg/L de Gesapax 500 vs. 0, 15,21, 21,17, 29,46, 40,99 e 57,04 mg/L de Velpar K. Os testes foram conduzidos em triplicata e avaliados diariamente. As CL50-96h determinadas foram 41,705 ± 8,373 mg/L para o Gesapax 500 e 55,460 ± 20,826 mg/L para o Velpar K. O modelo da mistura que melhor descreve a relação entre os dois componentes é a ação independente, sendo a toxicidade dose-dependente, ou seja, em baixas doses ocorre antagonismo e, em altas doses, sinergismo. Os endpoints edemas, atraso no desenvolvimento embrionário (delay) e na absorção do saco vitelínico e diminuição na frequência de cardíaca foram observados a partir das concentrações mais baixas da mistura. Pelos dados obtidos, concluiu-se que a mistura de Gesapax 500 e Velpar K é medianamente tóxica para o paulistinha e que os endpoints avaliados foram úteis na determinação de sua toxicidade.
ISSN:0104-7809
1980-3990
DOI:10.15343/0104-7809.20143801086097