O magma da escrita, nos interstícios do mundo: alguns apontamentos sobre a experiência da escrita em Maria Gabriela Llansol

Enquanto legentes, movidos pela causa amante que é o Texto, recordar a obra da escritora portuguesa Maria Gabriela Llansol (1931-2008) significa estar disponível para auscultar uma poética que, no que diz respeito às condições da sua legibilidade e aos propósitos a que se propõe, se situa nos antípodas dos códigos convencionais da dita literatura clássica ou, se quisermos abrir mão de uma outra formulação (igualmente não isenta de complexidades), do realismo expressivo de recorte humanista.