COMPOSIÇÃO QUÍMICA E O PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DAS SEMENTES DE QUATRO ESPÉCIES DE PALMEIRAS CULTIVADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

As palmeiras;plantas da família Palmae, são caractensticas da flora tropical, das quais pouco se conhece sobre o valor nutricional de seus frutos. Assim sendo, fez-se a determinação da composição centesimal aproximada, o perfil de ácidos graxos dos óleos e a concentração de alguns metais nas sementes das espécies Dypsis lutescens H. Wendl. (areca-bambu), Phoenix roebelenii O'Brien (robelínea), Phoenix canariensis Hort. ex Chabaud (das-canárias) e Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Gerivá), visando estabelecer o potencial nutritivo de cada espécie. Detectou-se em todas as amostras elevado teor de fibras alimentares (20,12 a 63,18% p/p). A palmeira jerivá revelou alto valor lipídico (56,07% p/p) e maior conteúdo protéico dentre todas as especies (9,30% p/p), sendo em conseqüência, a mais energética (550 kcal/100 g). As demais amostras apresentaram teores de lip1dios de 1,95 a 6,2% p/p e de proteínas entre 4,96 e 6,48% p/p. Na fração oleosa de todas as amostras, predonunou o ácido láurico (21,75 a 48,13% p/p) dentre os ácidos graxos saturados e, do ácido oléico (5,82 a 39,02% p/p ), quanto aos insaturados. As palmeiras arecabambu e jerivá exibiram um srau significativo de ácidos graxos saturados no oleo (S-9,20% p/p, e 78,24% p/p, respectivamente), semelhante ao oleo de coco, enquanto os óleos da robelínea e dascanárias mostraram similaridade entre os valores dos ácidos saturados e insaturados (44 a 55% p/p). Os valores de alguns minerais, principalmente de Se, P, Mg e Ca, somados aos teores de lipídios e fibras alimentares, são fontes complementares à alimentação da fauna e sugerem o emprego das sementes como matéria pnma para as indústrias fannacêutica e oleoquímica.