Residências, disputa de projetos formativos e Serviço Social

O artigo analisa os projetos em disputa nas políticas de saúde e educação e reflete sobre os impactos destes no desenvolvimento dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde à luz de uma proposta de formação que prime pela defesa e afirmação dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), pelos valores do movimento da Reforma Sanitária brasileira e na concepção ampliada de saúde. Tem por objetivo apresentar as contradições e os desafios para a concretização das Residências enquanto espaço formativo para os assistentes sociais. Para tal, foi realizada análise de editais de Programas da região sudeste dos anos de 2018/2019 e levantamento das Instituições proponentes de Programas; além de análise das atas de reuniões da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional e em Área profissional da saúde (CNRMS) de 2017 a 2019. Os resultados do estudo demonstram que, apesar das contradições, retrocessos e desafios enfrentados pela conjuntura atual, os Programas das Insituições Universitárias públicas estão em consonância com o debate do Serviço Social acerca da defesa de direitos, de uma política de saúde gratuita, universal e de qualidade, dos princípios do Projeto Ético Político profissional.