ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS GEODÉSICAS E A COBERTURA DO MAPEAMENTO SISTEMÁTICO NO BRASIL

Este artigo apresenta uma discussão acerca da relação entre falhas do mapeamento topográfico brasileiro e o ensino de cartografia na graduação e no ensino fundamental e médio. Estes problemas estão relacionados com a ausência de mapas oficiais em escalas médias bem como com a desatualização cartográfica, com cartas topográficas impressas há mais de 30 anos. O mapeamento sistemático topográfico deve fornecer uma base georreferenciada e atualizada em diferentes escalas, de forma a prover suporte à execução projetos de planejamento e infra-estrutura e do cumprimento da legislação ambiental brasileira. Procurando relacionar as lacunas existentes no mapeamento topográfico e o ensino e pesquisa em cartografia, apoiados na comparação com as questões ambientais, foram quantificados os profissionais que possuem formação na área de ciências geodésicas; o número de vagas nas universidades, bem como estatísticas de procura destes cursos; o número de profissionais com registro profissional ativo e; o indicativo de necessidade de profissionais e vagas para sua formação, sendo estes resultados comparados com os números dos cursos na área ambiental, como a engenharia florestal, por exemplo. Os resultados permitem levantar a discussão acerca da importância da formação de profissionais e pesquisadores para elaboração, proposição e cumprimento das leis ambientais e cartográficas.