Profissionalismo, generificação e racialização na docência do Direito no Brasil

Resumo Este artigo tem como foco a docência do Direito no Brasil, analisando como o processo de generificação e racialização é produzido ao longo da formação dos sujeitos docentes e das oportunidades e dos constrangimentos na carreira. A articulação desses marcadores resulta na distribuição díspar d...

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Veröffentlicht in:Revista direito GV 2021, Vol.17 (2)
1. Verfasser: Bonelli, Maria da Gloria
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
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Zusammenfassung:Resumo Este artigo tem como foco a docência do Direito no Brasil, analisando como o processo de generificação e racialização é produzido ao longo da formação dos sujeitos docentes e das oportunidades e dos constrangimentos na carreira. A articulação desses marcadores resulta na distribuição díspar de privilégios e obstáculos entre homens brancos, mulheres brancas, homens negros e mulheres negras. Dialogando com estudos sobre as desigualdades de gênero no meio acadêmico do Direito em diversos países, o artigo propõe pensar o processo mencionado na chave das diferenças. Observamos que o gradiente do entrecruzamento de raça e gênero na docência acaba por produzir também o essencialismo e a fixação de identidades. Assim, a hipótese é de que os professores entrevistados dão sentidos diversos ao que seja profissionalismo e diferença, como resultado das experiências que os constituíram em sujeitos profissionais situados em processos de generificação e racialização que envolvem o trabalho das emoções. Eles burilam os significados de códigos de gênero e de atribuição racial, combinando-os de formas diversas e mutáveis, que não se estabilizam como identidades essencializadas. A pesquisa reuniu dados do Censo Nacional da Educação Superior (Inep), da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e de setenta entrevistas qualitativas com mulheres e homens no ensino jurídico, de sete Instituições de Ensino Superior (IESs) distintas. Abstract The paper focuses on the Brazilian legal academy, and analyses how the process of genderization and racialization produces itself with the formation of the subjects, and the opportunities and constraints for their careers. The articulation of these social markers results in privileges and obstacles unevenly distributed between White men, White women, Black men, Black women. It discusses the research result in dialogue with studies on gender inequalities in legal academy in several countries, and the article suggests to approach the process in the perspective of differences. It points that such gradient of race and gender intersection also produces essencialism by fixing identities among the professoriate. The research hypothesis is that interviewers suture professionalism and difference as the result of experiences that constituted them as professionals, situated in genderization and racialization process that demand emotional work. The subjects handle the meanings of racial attribution and gender codes combining them in diverse and c
ISSN:2317-6172
2317-6172
DOI:10.1590/2317-6172202126