A literatura cartonera como um lugar no qual a subalterna pode falar: uma análise de Almha, la Vengadora

ResumenNeste artigo analisamos Almha, la Vengadora – uma obra escrita por Crispín Portugal e publicada por Yerba Mala Cartonera, na Bolívia de 2006, cuja tradução ao português foi apresentada em 2021 por Curupira e Va Cartonera – sob o prisma da ecfrase (Ferreira, 2007), aqui entendida como um recur...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Revista chuy 2022-12, Vol.9 (13), p.193-209
1. Verfasser: Krauss, Flavia
Format: Artikel
Sprache:spa
Schlagworte:
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
Beschreibung
Zusammenfassung:ResumenNeste artigo analisamos Almha, la Vengadora – uma obra escrita por Crispín Portugal e publicada por Yerba Mala Cartonera, na Bolívia de 2006, cuja tradução ao português foi apresentada em 2021 por Curupira e Va Cartonera – sob o prisma da ecfrase (Ferreira, 2007), aqui entendida como um recurso literário que fusiona o âmbito do linguístico com o pictório visual. A partir de uma leitura que entende a escrita como da ordem do masculino e a imagem como do âmbito do feminino, problematizamos dito entendimento em nossa análise e interpretamos este recurso literário como uma possível correspondência ao gozo suplementar, lido aqui como uma matriz de escritura que excede a lógica fálica, masculina, baseada em classificações e hierarquizações (Lacan, 2008). Ao nos determos em alguns excertos que sustentam nossa argumentação, a partir de um aparato metodológico que tensiona a técnica narrativa utilizada na obra com a cosmovisão aymará (Arnold, 2014; Moulian, Catrileo, Hasler, 2018; Soto-Mejía, 2015), interpretamos que podemos ler esta narrativa como um microcosmo da proposta editorial apresentada por Yerba Mala Cartonera em seu manifesto (Bilbija; Carbajal, 2009), que insiste em um saber-fazer feminino tanto em suas propostas de intervenção quanto na proposição de seu catálogo, como concluímos nesta reflexão. AbstractIn this article we analyze Almha, la Vengadora – a work written by Crispín Portugal and published by Yerba Mala Cartonera, in Bolivia in 2006, whose translation into Portuguese was presented in 2021 by Curupira and Va Cartonera – through the point of view of ekphrasis (Ferreira, 2007), here understood as a literary resource that mixes the linguistic with the visual-pictorial. From a reading that understands writing as belonging to the masculine and the image as belonging to the feminine, we problematize this understanding in our analysis and interpret this literary resource as a possible correspondence to the supplementary jouissance, read here as a matrix of writing that it exceeds the masculine logic, based on classifications (Lacan, 2008). By focusing on some excerpts that support our argument, from a methodological apparatus that tensions the narrative technique used in the work with the Aymará cosmovision (Arnold, 2014; Moulian, Catrileo, Hasler, 2018; Soto-Mejía, 2015), we interpret that we can read this narrative as a microcosm of the editorial proposal presented by Yerba Mala Cartonera in her manifesto (Bilbija; Carbajal, 2009), which ins
ISSN:2422-5932
2422-5932